Qual a desculpa que você está usando para não ir além?

Durante o curto tempo que passamos por aqui, realizamos muitas coisas: estudamos, trabalhamos, nos divertimos, experimentamos momentos incríveis e outros nem tão excitantes, viajamos, casamos, somos pais.. Mas, de repente, a casa cai. Aquele projeto de vida ideal afunda nas profundezas de um oceano no qual é impossível enxergar a superfície. Tudo fica escuro e sem perspectiva. Ficamos cegos de medo e de dúvidas.

Pode ter sido pela perda de um trabalho, o fim de um casamento ou a falência de um negócio, ou ainda mais radical, a morte de uma pessoa querida ou um problema de saúde que nos afeta e nos tira do circuito.

Aos meus clientes, incentivo o momento do luto para que se possa entender e elaborar emocionalmente o que se passou. No entanto, chega um tempo que é preciso retornar novamente ao jogo. Não é tarefa banal, se trata da própria vida nos chamando para saímos de uma espécie de transe.

Nesses momentos surgem as famosas desculpas: eu estou velho demais para isso ou eu sou jovem demais, eu não fiz aquela formação, o MBA, o mestrado, o doutorado, eu não tenho dinheiro ou não tenho mais saúde - pretextos que nos fazem permanecer na estratégia inconsciente da culpa e do vitimismo. Tentamos eleger um responsável pela nossa desgraça momentânea.

O problema é que não se consegue enxergar que as escusas utilizadas para se sentir protegido e em segurança tendem a piorar cada vez mais a situação. Nessas horas, a ideia é usar a criatividade e se encher de coragem para dar um novo passo na vida, congelada desde aquele instante, que é preciso ficar no passado.

Há algumas semanas, tomei conhecimento que três "velhinhos" ganharam o prêmio Nobel de Medicina: uma chinesa de 84 anos, um irlandês de 85 e um japonês, de 80 - este mais "novinho". Aqui, os exemplos são indicados para quem se julga velho demais.

Para os que acreditam não terem estudado o suficiente, que tal cessar os pensamentos sobre você ser menos inteligente que todos os outros a sua volta e parar de se esconder na "armadilha do conhecimento"? Cai nessa emboscada quem acha que nunca estará pronto. A vida corre e a pessoa se sente recalcada porque não realizou suas metas e sonhos. Sempre havia um cursinho que a levaria ao próximo patamar, mas que nunca foi alcançado. Atrás disso tudo, existe um forte sentimento de não ser suficientemente bom naquilo que se faz ou ser quem se é.

Àqueles que se julgam jovens demais e sem experiência, os milionários do Vale do Silício estão aí para desmentir a todos. Uma boa ideia na cabeça e a vontade de acertar ao empreender vem levando muita gente a ganhar fortunas enquanto nem se despediram das fraldas, com todo respeito.

Aos que lamentam sobre a saúde, não são poucos os exemplos que vemos na história de pessoas que superaram suas dificuldades e foram bem-sucedidas, fizeram a diferença nas suas vidas e, de quebra, no mundo também. Só para citar um deles, o Nick Vujicic, americano de Melbourne que nasceu sem braços e pernas, com uma doença chamada Tetra-amelia, hoje dá palestras pelo mundo todo sobre deficiências, esperança, entre outros temas.

Assista aqui Nick Vujicic:    

E por fim, aos que reclamam por não terem tempo ou dinheiro, a dica aqui é refletir com honestidade sobre como estão administrando esses dois importantes itens nas suas vidas. Se você tem definido um objetivo com forte senso de propósito, nada, mas nada mesmo te impedirá de realizá-lo. 


Haverá muitos desafios no caminho, mas se você quer que sua vida faça realmente diferença para você e para quem você ama, levanta do sofá, desliga a televisão, vá lavar o rosto e pare de "mimimi". Viver exige mais.

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