Qual a melhor forma para seu desenvolvimento?

Eu sempre trabalhei com essa pergunta em mente. Nos meus tantos anos trabalhando em grandes empresas, primeiro como colaboradora interna no papel de gestora de pessoas e depois como consultora, coach executiva, arteterapeuta com foco em mandalas terapêuticas, essa pergunta é básica para os funcionários e para a empresa como um todo.

Quando falamos em desenvolvimento de pessoas, especialmente no mundo corporativo, logo pensamos em resultados financeiros e alta performance. É verdade. Toda empresa precisa de resultados e todo colaborador precisa estar apto para fazer o seu melhor na sua posição. Todos nós precisamos dar resultados em nossas funções. É sobrevivência.

Mas, felizmente o mundo vem mudando e as visões de mundo também. Isso é bem importante. Todos nós queremos mais do que sobreviver. Queremos poder escolher o jeito de viver. Queremos escolher onde trabalhar, inclusive poder não aceitar determinadas posições ou determinadas empresas. Claro que não estou falando de mundo idealizado – mundo perfeito não existe e pessoas completamente prontas também não. Estou falando de autonomia, responsabilidade e liberdade.

Há alguns anos tive de tomar uma decisão muito importante na minha carreira. A decisão de pedir demissão do então, ótimo emprego. Foi muito difícil, mas, considerava que meu ciclo como empregada, como funcionária, já estava terminando. Um pouco antes, porém, comecei a me preparar. Até esse momento tinha cuidado do meu desenvolvimento para trabalhar ali naquele formato. E estava tudo bem, mas, para me tornar consultora externa e coach executiva, além da minha vasta experiência como executiva, eu precisava de outras qualificações, de outras competências.

Seguindo com minha liberdade de escolha e fortalecendo minha autonomia, decidi fazer a formação em coaching pelo Ecosocial. A base filosófica de lá é a Antroposofia e, por isso, me senti inteira em desenvolvimento. Aprendi muito e logo comecei a atender clientes. Meu antigo empregador, inclusive, tornou-se meu cliente. E depois fiz mais uma formação e mais outras formações em coaching inclusive em Saúde e bem-estar pelo Hospital Oswaldo Cruz. Outra linha de trabalho e muito boa também. Em todas essas formações é necessário se submeter ao próprio processo de coaching. Essa é mais uma máxima em desenvolvimento. Além de estudar, vivenciar, experimentar.

Quando se opta por carreira solo e seu público-alvo é muito demandante, nesse mundo que não para de mudar, não se para mais de estudar, de pesquisar, de fazer cursos, de se atualizar. Quem tem a pretensão de cuidar do outro precisa ter a coragem de cuidar, antes e ao mesmo tempo, de si mesmo. Isso vale, inclusive, fazer terapia. Sim, sim. Desenvolvimento não passa só por adquirir mais conhecimentos técnicos ou gerenciais, mas também, conhecer-se nas dimensões físicas, emocionais, mentais e espirituais. 

Em 2016 resolvi que queria aprofundar mais meus conhecimentos sobre o ser humano. Escolhi fazer uma pós graduação em Arteterapia e Expressões criativas. Outra vibe. Meus colegas de classe eram artistas de teatro, pintores, escultores, dançarinos, psicólogos, assistentes sociais, médicos e, com raras exceções tinham experiência executiva. Foi um grande desenvolvimento pra mim – tratou-se de mudança de chip e isso é fantástico quando se pensa em desenvolvimento. Na sequência resolvi fazer outra pós graduação – dessa vez em Psicologia Analítica (Carl Gustav Jung). Mais uma grande fase de muito estudo, laboratório, estágio. Fui tomando gosto pela área terapêutica, embora continue atuando como consultora e coach. Decidi que trabalharia, também, como Arteterapeuta. E para isso fiz o quê? Mais uma formação, pois, eu queria me aprofundar, em uma linha artística para atuar.

Fiz o curso de Mandalas Terapêuticas, pelo CEIMAS. Foi excelente. Ali também me senti tratada por inteiro. Muito estudo, muita prática e terapia com terapeuta especializada em mandalas.

As mandalas terapêuticas são um arquétipo – o arquétipo da totalidade, diz Jung. É um ótimo caminho de autoconhecimento. Elas, as mandalas, expressam nosso íntimo, nosso mais profundo ser. Nos vê por inteiro e isso dá a possibilidade de se rever e rever de novo e mudar, se achar que deve.

Estou muito feliz por esse caminho escolhido e percorrido. E ainda tem muito chão pela frente. Desenvolvimento não acaba!

Qual é a melhor maneira de se desenvolver? Aquela que te dá suporte teórico e prático, que te prepara por inteiro, para atuar na função, empresa, instituição, empreendimento ou projeto que você escolher. Mas, sempre, com responsabilidade e autonomia.