Qual o seu DNA Profissional?
Pode parecer estranho pensar dessa forma, mas se refletir verá que faz todo o sentido. Quando comecei a trabalhar com pessoas notei que cada uma reúne um arranjo de características que as tornam únicas.
Quando digo arranjo é isso mesmo: uma verdadeira taxonomia de qualidades, habilidades, experiências, aptidões e emoções que tornam os profissionais únicos. Tempos atrás havia uma pressão muito maior por “encaixar-se” no sistema, na forma. Hoje já há espaço para que você possa imprimir a sua marca, dar o seu tom, fazer do seu jeito (mas entregue resultado, nisso não há o que inventar!).
Sempre tive metas desafiadoras com os meus times, e pedia aos meus líderes que me dissessem O QUE fazer (que fossem as metas mais esdrúxulas, não importa), mas que me permitissem decidir COMO alcança-las. Os que me deram essa liberdade tiveram de mim e do meu time os melhores resultados e eu, por outro lado, tirava de mim mesma e de cada integrante do time o que tínhamos de melhor, em cada momento. Tive o privilégio de ser responsável por times multiculturais, com diferentes experiências, vivências, idiomas, idades, gêneros, fusos horários diferentes… E achava que por isso, mais ainda, éramos muito diferentes, e fui me desenvolvendo para aprender cada vez mais - a estar sempre próximos apesar da distância física, a desenvolver a confiança entre todos em diferentes escritórios, a superar resultados esperados, a trocar experiências entre si de forma colaborativa. Depois de mais de uma década com essa experiência assumi um time 100% Brasil, quase mesma idade, uma série de características que os tornava mais “uniforme”(só que não), e descobri que era um time tão diverso quanto os outros times que tive antes.
Elabore seu mapa (editável):
Mas como lidar com essa complexidade? Antes de mais nada vamos entender quem é você.
Ferramentas para autoconhecimento são importantíssimas nessa primeira fase, e existem muitas. Aqui, identifico com muita cautela todos os seus perfis, além dos seus pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades de vida. Nada disso é feito por mim isoladamente, mas em conjunto com quem tem o perfil estudado. Por mais embasamento científico que exista nos melhores estudos de perfil oferecidos pelo mercado, ou por mais experiência ou formação técnica que eu possa ter, só o avaliado pode validar após um melhor entendimento da ferramenta, trazendo à luz o autoconhecimento e provocando um nível maior de reflexão junto com tudo isso.
Perfil comportamental (COMO você faz o que faz), forças impulsionadoras (POR QUE você faz o que faz), Forças de caráter (são suas forças de assinatura), Consultoria Postural, Quociente de Inteligência Positiva, Sabotadores e outros estudos são alguns dos que eu mais gosto que ajudam a compor o “mapa” nessa etapa, que deve ser tomada como uma jornada, não o destino. Além disso, busque que seja o mais leve possível. Aqui você entende uma boa parte do seu DNA, mas não é sobre quem você é, e sim o que você decide fazer com o que você é.
Identifique as ameaças no caminho:
Uma parte específica desse autoconhecimento é a de identificação e enfraquecimento do crítico interno e dos sabotadores. Todos temos esse PCM (“Pequeno Comitê de M…”- você entendeu), aquele monte de vozes internas que ficam nos dizendo que não vai dar certo, que não somos capazes, que deveríamos isso ou aquilo, que o problema é que…, um bando de justificativa para não fazer, não realizar, não não não.
A diferença está em identificar o grau em que cada um se manifesta para você, focar e minimizar. Eles sempre estarão presentes, mas é tomar o controle da situação, para você realizar o que quiser, imprimir sua marca nessa existência, sem passar mais um ano, mais uma década, ou uma vida, tendo se sabotado para não fazer. É uma fase de desconstrução de conceitos, preconceitos e de desculpas para não realizar algo.
Volto a dizer: crítico interno e sabotadores nos acompanham por toda a nossa vida (e aprendemos que eles tem uma função, a beleza está em tomar o controle disso), não é diferente nas etapas mais importantes para crescimento profissional e construção de uma carreira de sucesso, em que os tais sabotadores aparecem e não raro destroem o futuro de muitas pessoas.
Defina um norte:
Mapeamento comportamental estruturado (nunca finalizado, isso é algo para a vida toda!), suas ameaças principais identificadas e enfraquecidas, o próximo passo está relacionado ao seu projeto de vida (do mês, do ano, chame como quiser): onde quer chegar e qual a melhor rota a percorrer.
Conhecendo-se melhor e sabendo exatamente quais são suas habilidades físicas, racionais e emocionais, você busca para si um objetivo que faça sentido com quem você realmente é e quem quer construir. É uma tríade valiosa na vida das pessoas, como uma mesa de três pernas, sem uma delas, a mesa cai.
A chave:
Além do significado óbvio do nome da minha empresa, DNA Profissional, DNA é também um acrônimo para Diagnóstico & Diretrizes, respeitando a Natureza humana (aqui a unicidade que cada um traz), orientando a Ações e Atitudes todos os dias, para ser e alcançar os resultados esperados. Por isso, tudo o que falei aqui só funciona se aliado à muita ação:
- Conheça-se, mas mude o que não gostar em você ou o que não te trouxer os resultados que você quer. Isso não vai acabar com a sua identidade. Não assuma que é ansioso ou procrastinador como quem descreve a cor dos olhos ou qualquer característica (realmente) imutável. Seus pontos fortes? Viva e morra por eles, trabalhe com eles, ganhe dinheiro com eles.
- Identifique o que te sabota, entenda que é AUTOsabotagem (oops, doeu essa?) e faça o que tem que ser feito para enfraquecer isso (pode não ser do dia pra noite mas com foco você se surpreenderia com os resultados!).
- Estabeleça sua meta, mas trace a rota que te leve em direção a ela e caminhe, passo por passo! Ninguém pode fazer isso por você.
Complexo? Não! É apenas desafiador. Mas se fosse fácil todos chegariam lá.
E você, qual o seu DNA Profissional?
Artigo publicado no blog Rossana Perassolo DNA Profissional