Qual Meu Credo Político?

Qual Meu Credo Político?

Ouvi das pessoas em questionamento: No que você acredita? Qual o teu Credo Político? Você concorda com isso tudo?

A esperança por um País mais competitivo, coerente com seus princípios e fundamentos constitucionais continua, pois espero que o cidadão eleitor, pagador de impostos, não deixe de acreditar na Democracia e na República, pois ambas devem ser continuadas e a par e passo.

Que a discórdia implementada num pleito eleitoral, entre direita e esquerda, capital e trabalho, coronéis e peões, elite e trabalhador, negros e brancos, heteros e gays, rico e pobre, católicos e evangélicos, liberais e conservadores, não prevaleça e que Santa Catarina, assim como o Brasil, sejam efetivamente únicos, bravos, indiscriminados e absolutos por seus princípios, enaltecendo sempre que é através da democracia “viva” que os modelos podem ser contrapostos, o conhecimento pode ser ampliado, o debate praticado e os planos aplicados.

Que o senso de impunidade seja suplantado pela justiça e pela razão, que o combate a corrupção endêmica seja tarefa de cada um e, especialmente dos modelos de governo escolhidos legitimamente para dar rumo aos nossos dias.

Que as políticas desenvolvimentistas e de eficiência na gestão pública sejam efetiva e urgentemente implementadas e, que o Brasil volte a ser referência de produção e economia madura, sem que haja excessos nem sobreposições do Estado (nas três esferas de poder) e que haja as necessárias mudanças na flexibilização das excessivas garantias, minimizando passivos e qualquer discriminação, através da valorização do indivíduo responsável.

Por fim, não poderia deixar de citar o eminente jurista brasileiro, Rui Barbosa, que, com sua implacável sabedoria, no dia 13/10/1896, proferiu esse discurso no Senado Federal:

“O MEU Credo político está na minha vida inteira. Creio na liberdade onipotente, criadora das nações robustas; creio na lei, emanação dela, o seu órgão capital, a primeira das suas necessidades; creio que, neste regímen, não há poderes soberanos, e soberano é só o direito, interpretado pelos tribunais; creio que a própria soberania popular necessita de limites, e que esses limites vêm a ser as suas Constituições, por ela mesma criadas, nas suas horas de inspiração jurídica, em garantia contra os seus impulsos de paixão desordenada; creio que a República decai, porque se deixou estragar confiando-se ao regímen da força; creio que a Federação perecerá, se continuar a não saber acatar e elevar a justiça; porque da justiça nasce a confiança, da confiança a tranqüilidade, da tranqüilidade o trabalho, do trabalho a produção, da produção o crédito, do crédito a opulência, da opulência a respeitabilidade, a duração, o vigor; creio no governo do povo pelo povo; creio, porém, que o governo do povo pelo povo tem a base da sua legitimidade na cultura da inteligência nacional pelo desenvolvimento nacional do ensino, para o qual as maiores liberalidades do tesouro constituíram sempre o mais reprodutivo emprego da riqueza pública; creio na tribuna sem fúrias e na imprensa sem restrições, porque creio no poder da razão e da verdade; creio na moderação e na tolerância, no progresso e na tradição, no respeito e na disciplina, na impotência fatal dos incompetentes e no valor insuprível das capacidades. Rejeito as doutrinas de arbítrio; abomino as ditaduras de todo o gênero, militares ou científicas, coroadas ou populares; detesto os esta dos de sítio, as suspensões de garantias, as razões de Estado, as leis de salvação pública; odeio as combinações hipócritas do absolutismo dissimulado sob as formas democráticas e republicanas; oponho-me aos governos de seita, aos governos de facção, aos governos de ignorância; e, quando esta se traduz pela abolição geral das grandes instituições docentes, isto é, pela hostilidade radical à inteligência do País nos focos mais altos da sua cultura, a estúpida selvageria dessa fórmula administrativa impressiona-me como o bramir de um oceano de barbaria ameaçando as fronteiras de nossa nacionalidade.”


“A liberdade individual é inconciliável com a supremacia de um objetivo único ao qual a sociedade inteira tenha de ser subordinada de uma forma completa e permanente.” ― Friedrich Hayek

Adaptação do Artigo publicado no portal www.chapecomais.com.br, em 27/10/2014.

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