Qual o papel da liderança na jornada ESG?
A cada dia que passa o termo ESG (Environmental, Social and Governance, ou em português, Ambiental, Social e Governança) ganha mais espaço e visibilidade no âmbito corporativo. A iniciativa deixa de ser uma novidade e começa a propor mudanças na estratégia organizacional de diversas empresas mundo afora.
Um bom exemplo disso é a BlackRock, uma das principais gestoras de ativos no mundo, que há algum tempo vem se posicionando e investindo no capitalismo consciente, além de propor mudanças de governança social, ambiental e corporativa nas empresas em que investe. Essa tendência reforça que o mercado está em constante mudança. É preciso ter uma visão estratégica que combine lucro com propósito.
Você deve estar se perguntando o que esses dados têm a ver com o título deste texto. A resposta é simples. Imagine quantas empresas estão começando a jornada em prol dos princípios de ESG e como isso pode impactar no dia a dia da empresa. Agora, faça uma breve reflexão: por onde as companhias devem começar essa trajetória?
Eu ouso dizer que, para garantir efetividade, esse trabalho deve começar primeiro internamente. É preciso explicar aos colaboradores quais são os novos pilares e diretrizes da empresa. Você deve contar a eles o que mudou, quais são as novas estratégias e, principalmente, convidá-los a embarcar nesta jornada. E os líderes são seus principais aliados nessa força-tarefa. Afinal, a liderança é o primeiro exemplo que uma equipe tem.
De acordo com uma pesquisa da consultoria Russell Reynolds Associates, em parceria com o Pacto Global das Nações Unidas, este é o momento para a alta gerência e diretorias assegurarem que competências críticas sejam representadas e desenvolvidas por toda a organização. Levando esse levantamento em consideração, os líderes precisam desenvolver três habilidades.
Elas começam pelo pensamento multinível. Um bom líder deve estar preparado para tomar decisões e incluir agentes na construção de sua estratégia. É preciso, primeiro, analisar erros e acertos. Em seguida, definir pontos a ser melhorados. E, por fim, traçar um plano para colocar essas mudanças em prática. Contar com parcerias e outras empresas, neste caso, pode garantir a efetividade dessa iniciativa em um período de tempo menor.
O segundo ponto está relacionado à capacidade analítica no processo de transformação. O líder precisa saber quais são os impactos das decisões de negócio que faz e quem são os envolvidos neste processo. É importante considerar não só o resultado financeiro, mas os clientes e, sobretudo, as comunidades a seu redor.
A terceira e a última habilidade andam lado a lado. Estou falando, neste caso, de inovação e pensamento a longo prazo, respectivamente. Um bom líder precisa inovar na hora de desafiar seu time em busca de bons resultados. Definir metas claras e palpáveis faz com que seus colaboradores olhem sempre para o futuro e, como consequência disso, busquem esses resultados a longo prazo.
Esses itens são apenas o começo da transformação que os líderes podem causar em prol do ESG nas suas empresas. Rever estratégias, buscar novas tendências e executar ações são outros pontos que podem contribuir com essa trajetória. É preciso ter em mente que nenhuma empresa será autossustentável sem uma gestão eficaz como centro do negócio.
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3 a1.000% (mil por cento) de acordo. Tudo começa com a liderança, que é responsável pelo fortalecimento da cultura organizacional. Só então a equipe, que está na rua em contato com os clientes, irá transmitir esta cultura, ou seja, aquilo que se vive dentro da organização. Parabéns pelo texto primoroso. .