Qual o real papel do treinador num ambiente sob pressão?

Qual o real papel de um profissional de treinamento e desenvolvimento humano nas empresas onde a cultura ainda é no "comando e controle"?

Como já sabem, trabalhei alguns anos numa multinacional de autopeças onde o foco é atender o cliente final no menor tempo possível, ou seja, paradas de máquinas ou qualquer outro motivo de atraso nas entregas gerava um custo adicional de frete gigante.

Mas como treinar pessoas num ambiente onde a pressão por prazos e cronogramas é forte e não existe margem para o erro e retrabalhos?

Posso afirmar, com propriedade, que as pessoas só aprendem mais e melhor na "tentativa e erro", ou seja, fazendo.

Daí entra o tema central que quero destacar neste conteúdo: o real papel do profissional de treinamento e desenvolvimento.

Quem trabalha com treinamento e desenvolvimento de pessoas precisa ter claro a percepção das duas partes: dos gestores que precisam atender o cliente no menor tempo e custo possível e dos treinandos, que precisam de um ambiente que aceite o erro na aprendizagem até dominarem o conhecimento e as habilidades necessárias.

Uma saída que encontrei na época foi ser a "ponte" entre os gestores da produção e os novos colaboradores em treinamento "On the Job" (no serviço). Aí quando acontecia uma urgência, eu deixava na máquina só os mais treinados ou mesmo os colaboradores experientes e mudava os novatos para aprender nas máquinas que fabricavam itens para estoque.

Outra alternativa que usava era usar itens que já estavam com defeito para os novatos aprenderem por meio do erro e acerto (claro que isso de forma controlada, afinal tempo de produção também é custo).

Para finalizar este conteúdo, ressalto que o papel de todo profissional de treinamento é deixar o ambiente seguro e propício para a aprendizagem. E isso só acontece com comunicação transparente e confiança entre as partes.