Qual o valor do seu trabalho e porque você nunca parou para pensar nisso
Quando a gente nasce, não sabemos muito do nosso futuro, mas uma coisa é certa: vamos ter que trabalhar. Já reparou que a pergunta: 'O que você vai ser quando crescer?' entra nas nossas vidas mais cedo do que qualquer outra decisão de futuro? Ninguém pergunta sobre 'Onde você pretende morar?' ou 'Já pensou em ter filhos?' para uma criança de 5 anos, mas perguntar sobre a profissão não parece nada demais.
Então entramos nessa roda da expectativa sobre o trabalho, onde o sistema de educação ganha o status de formador de mão de obra que já elimina quem 'não vai se dar bem' por problemas de desempenho, capacitismo ou comportamento. Até chegarmos mais cedo ou mais tarde ao mercado de trabalho. E aí eu te faço uma nova pergunta: Já reparou que a gente aprende a trabalhar com quem explora a nossa mão de obra? Será que realmente você aprendeu a trabalhar ou só está reproduzindo um método sem se dar conta de como esse trabalho está impactando a sua vida?
Quando eu entrei no mercado de trabalho, ouvi coisas como: "Aqui é no chicote.", "Você vai ter que gramar muito pra crescer", "A gente aprende apanhando", "Chorar faz parte do processo, eu mesma chorei durante 3 meses antes de conseguir me encaixar". Faz sentido ouvir e até reproduzir esse tipo de frase que parece que saiu de um calabouço de tortura?
Alguém precisa quebrar essa roda. Isso ficou na minha cabeça durante muitos anos, mas eu ainda não sabia o que poderia fazer e tentava criar um mini mundo de melhores relações de trabalho nos lugares onde passava. Nem sempre acertei, mas sempre tentei. Até que em 2019 criei o FuturAna, um canal no YouTube pra começar a ajudar as pessoas a entrarem no mercado de trabalho, sem colocar elas em caixas e sim explicando em português claro, sobre como funciona a roda do mercado de trabalho. Ao invés de apenas ensinar uma pessoa a escrever seus dados pessoais no currículo, eu mostro quais dados ela deve escolher e porque o recrutador pode elimina-la simplesmente porque ela escreveu o nome da rua em que ela mora no documento.
Essa diferença de não ensinar 'O que fazer' e sim 'Como fazer' eu chamei de Educação de Carreira. E eu acredito que a gente precise urgentemente falar sobre isso. Nas minhas observações nos últimos 3 anos falando sobre o tema, consigo enxergar problemas estruturais muito sérios por falta de informação. Por isso, eu acredito que a Educação de Carreira é sustentado por 3 pilares: Desenvolvimento Profissional, Direito do Trabalho e Finanças. Em poucas palavras, precisamos aprender o que ninguém ensina: Como fazer um bom currículo? Como passar numa entrevista? Meu contrato de trabalho é justo? Como ler meu contracheque? Tudo o que deveria ser o básico para gente trabalhar com consciência do que estão fazendo com a gente como trabalhadores.
E no processo de tomada de consciência, também acrescento o coração pulsante de tudo que eu acredito. Existe um lado prático na hora de ensinar sobre carreira que é responder as perguntas e preencher as lacunas sobre as relações de trabalho, mas também existe um lado emocional. Nós precisamos urgentemente recuperar a confiança do valor do nosso trabalho. E quando eu digo valor: eu englobo tudo. Valor material, valor do nosso tempo, valor da nossa história.
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Outro dia eu estava em uma mentoria com uma mulher incrível que tinha pedido demissão e estava se sentindo culpada. Conforme conversamos, eu percebi que onde ela sentia culpa, existia uma liderança que sequestrou a confiança daquela mulher. Mesmo trabalhando quase todos os dias, mesmo sem férias, mesmo com salário atrasado, ela se sentia em dívida. Porque quando a gente esquece o nosso valor parece que a gente se mede pela régua do outro e essa régua nunca vai ser do tamanho certo.
Então Educação de Carreira para mim é construída em 3 pilares: Desenvolvimento Profissional, Direito do Trabalho e Finanças, mas com um único objetivo: restaurar a confiança dos trabalhadores e principalmente, resgatar o valor do nosso trabalho começado por nós mesmos. Eu preciso acreditar no meu valor para medir o mundo pela minha régua.
Faz sentido pra você? Então eu quero te convidar a compartilhar esse conteúdo com o maior número de pessoas que você conhece e te pedir também para acompanhar o meu trabalho. Nas próximas semanas, eu vou postar uma série de conteúdos para te ajudar a mudar a sua visão sobre o seu próprio trabalho e você pode me ajudar a construir esse conteúdo comentando o que você achou desse vídeo aqui nos comentários.
Eu sou Ana Letícia Magá, Criadora de Conteúdo, Consultora de Carreira e quero te ajudar a mudar o seu futuro profissional. Vem comigo?
Diretora Executiva do Território Sustentável
2 aAna! Seu canal no Youtube foi o melhor conteúdo educacional que tive sobre currículos, entrevistas e muito mais sobre o mundo do trabalho! Sou muito grata por trazer a temática com tanta leveza, vigor e cuidado! Você é uma mulher extremamente inspiradora e necessária para o novo futuro do trabalho! Muito obrigada pela sua partilha! 😊 ❤