Série Acelere sua Carreira: Qual reputação você está construindo no Linkedin?

Série Acelere sua Carreira: Qual reputação você está construindo no Linkedin?

Redescobrir o Linkedin tem sido muito importante para mim. Estou na rede desde 2005, mas na verdade nunca me dei bem com ela. Por falta de tempo e até mesmo de entendimento das ferramentas, utilizei mal e porcamente a ferramenta até janeiro desse ano, quando resolvi aprender e comecei a me dedicar a ela.

E tem sido uma experiência maravilhosa, por que tenho colocado em prática aquilo que sempre disse sobre network em minhas aulas e livros.

Mas afinal de contas, o que é network?

A tradução da palavra significa rede de trabalho. E essa idéia de rede, creio eu, é a mais adequada para entendermos o que realmente nossa network pode fazer por nós. Assim como uma rede de segurança, destas que protegem as janelas dos prédios ou os acrobatas em um circo, sua network tem o papel de suportá-lo, de ampará-lo quando você precisa, evitando que você caia. Ou seja, na hora que você mais precisar, seja por que ficou desempregado, seja por algum problema, sua rede de contatos vai protegê-lo e ajudá-lo a não cair.

E o que fazem os artistas de circo antes de subir no trapézio? Conferem e verificam cada um dos nós que compõem a rede. Por que se um nó estiver mal feito ou desamarrado, a rede não vai protegê-lo.

Os nós de sua network são cada um dos contatos que você faz em seu cotidiano. Cada um destes contatos tem que ser feitos adequadamente, para garantir que sejam fortes o suficiente para que sua rede seja coesa.

Acredito que a alimentar uma rede é oferecer a ela aquilo que você tem de melhor. E o que eu posso oferecer são minhas experiências nos 30 anos em que fui repositor de supermercado, vendedor, gerente, aluno, professor, consultor e sobretudo, curioso.

Publico pelo menos 3 artigos todos os dias. E isso tem gerado uma interação muito intensa. Não pretendo ser dono da verdade e meus artigos tem sempre esse foco: dar a minha visão pessoal, baseada na minha experiência. Não tento convencer ou cooptar ninguém a pensar igual a mim.

Tenho tido o privilégio de ter alguns leitores assíduos e isso é um grande orgulho para mim. São milhares de curtidas, centenas de comentário que tenho o cuidado de responder um a um, pois me motivam a continuar escrevendo. Por isso valorizo tanto os comentários que recebo nos textos. E é sobre eles que quero falar. Percebi que existem 3 tipos de comentários.

O primeiro tipo são os comentários que se identificam com o texto e os correlacionam com suas experiências. Esses são os mais divertidos de ler, que me empolgam imediatamente. Adoro quando as pessoas contam suas histórias, por que aprendo com elas. Leitores como Winston Castro, Alessandra Bizuti, Luis Ocaciano Alves Pereira, e tantos outros.

O segundo tipo são os comentários que tem um ponto de vista diferente do meu. Leio-os com muita atenção. Não vou negar que a primeira reação é ruim. Dá um frio na barriga: será que não considerei todos os aspectos antes de escrever o texto?

Esses são os comentários que me fazem pensar, me fazem pesquisar, me fazem aprender. E tenho o prazer de ter alguns leitores críticos, que colocam suas opiniões. E eu respondo com cuidado, respeito e sempre os convido a construir conhecimento comigo.

É o caso de leitores como Gian Zelada, cuja visão sobre um tema se chocou com a minha, mas depois de uma troca de mensagens, evoluiu para a um artigo que escrevemos juntos e que me deu um grande orgulho.

Outro leitor assíduo e sempre crítico é Reinaldo Del Dotore, que coloca suas posições, discorda de mim, mas é de uma gentileza enorme. Em um artigo, identificou um dado errado e teve a educação de me mandar uma mensagem privada, corrigindo-me. Imediatamente mudei o texto e agradeci publicamente.

Também como leitor, as vezes divirjo do autor. Um dos grandes parceiros que desenvolvi aqui é Roni Chittoni, dono de uma mente brilhante e de uma cultura vasta. Concordo com a maioria dos conteúdos de suas postagens, mas não com a forma com que coloca algumas de suas idéias. Como diz a filosofia budista, Forma e Conteúdo.

Roni é uma grata amizade que vem se construindo e estamos escrevendo juntos um projeto belíssimo, que em breve lançaremos. É sempre um prazer receber um telefone dele e aprender com sua cultura.

E temos o terceiro tipo de comentários: São aqueles (felizmente são pouquíssimos) que divergem não das ideias, mas querem apenas buscar um deslize, uma virgula fora do lugar, um dado divergente para realizar uma crítica vazia de conteúdo, mas dura em forma.

A cada semestre, como professor, travo conhecimento com centenas de pessoas extremamente interessantes, com experiências profissionais diversas e muito conhecimento. E em sala de aula, também temos esses três tipos de alunos.

E o que aprendi em mais de uma década em sala de aula é que, ao final de um curso, os alunos do primeiro tipo constroem network com nós baseados no respeito e no relacionamento

O segundo tipo, os críticos com conteúdo, constroem reputação e angariam respeito do grupo. E por isso também criam redes com nós sólidos.

Já o terceiro tipo é lembrado pelo grupo como aqueles que não trazem nada de positivo e não somam na construção de um conhecimento novo. Criam nós frouxos, mal amarrados, que se desfazem quando são submetidos a pressão.

Nas próximas vezes que for fazer um comentário, lembre-se que o Linkedin é uma rede de relacionamentos profissionais. Não de política, não de crença, não de paixão.

Como você quer ser lembrado pela sua rede? Eu te convido a construir conhecimento junto comigo!

Valéria Silva

Marketing | Branding | Reputação | Experiência do Cliente | Endomarketing | Clima e Cultura Organizacional

7 a

Olha que bacana essa sua analogia da rede com seus nós e o network no Linkedin. Gostei de verdade. E enquanto eu lia sobre os tipos de comentários versus o tipo de nós construídos fiquei pensando a respeito do tipo de network que fazemos no próprio ambiente de trabalho e os tipos de comentários feitos nesse mesmo ambiente, ou seja, se para cada tipo de comentário nas redes eu construo um tipo de nó, no dia a dia dentro das empresas não é muito diferente, afinal, os comentários que são tecidos nesses espaços tem também a sua classificação e consequentemente um resultado. Parabéns pelo artigo e por proporcionar essas reflexões.

Cassia Moreira Lopes

Compartilhando conhecimento e conexões para inspirar mudanças!

7 a

Gostei. Não tinha pensado em tantas nuances de um comentário. Vou elaborar melhor meus pontos de vista. Obrigada !

Vanessa Nunes Marchiori Attilio

Consultoria de Comex | Gestão do processo da sua Importação e Exportação | CEO da Facilité Comex

7 a

preciso cuidar melhor da minha rede... seu artigo me deu nova perspectiva. obrigada

Hérica Contri Ribeiro

Publicitária, Especialista em Eventos Médicos, Comunicação/Endomarketing, Aspirante a Cozinheira e Lutadora de Muay Thai.

7 a

Quero ser lembrada ou melhor quero ser vista como alguém que consegue agregar quando compartilha algo/opinião. Eu particularmente tenho um balizador para comentários, e serve para todas as minhas redes sociais, eu sempre penso: Será útil? Vai agregar? É gentil? Então comente, caso contrário é melhor deixar para lá. Abraços

Priscilla Calvi

Nutrição de Aves | Premix | Ração | Inovação | Qualidade

7 a

Muito bom Fabiano! Os melhores comentários são aqueles construtivos! Parabéns pelo texto.

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