Quando a ideia dá certo

Quando a ideia dá certo

Quantas vezes você se perguntou o porquê que muitas empresas, aparentemente do nada, criam um rótulo diferente, uma “surpresa” direcionada a algum filme que irá estrear uma visão diferente daquilo que para nós era sempre igual? Acho que é bem compreensível que, nos casos acima, citei a Danone, Tic-Tac e Kinder Ovo.

Para quem não viu ainda, a Danone, com seu iogurte Danoninho, está com uma campanha nova de rótulos colecionáveis com os quais as crianças podem brincar. São as letras do alfabeto. E sim, para quem tem crianças na família ou entre amigos, é algo muito direcionado ao consumismo, pois ficamos procurando a letra que ainda não se em na coleção. A mesma coisa acontece quando queremos completar uma coleção dos Minions, por causa de um filme dos mesmos que será lançado.

Muitos veem isso como algo ruim, algo que não deveria ser feito pelas empresas, pois “direciona” as pessoas a comprar algo pela estética. Mas, sinceramente, o que não compramos analisando a estética Quem nunca deixou uma lata de extrato de tomate ou de milho na gôndola do supermercado, pois a mesma estava amaçada? E porque não se pode, como um bom propagandista, utilizar de informações que estão ao nosso redor no momento específico para fazer uma boa campanha de venda de um produto?

O caso Visa

Todos devem ter visto, ou ao menos um amigo de um amigo comentou, sobre a visita do Supla ao programa da Ana Maria Braga há alguns dias atrás. A forma que os dois estavam vestidos, bem como a forma com a qual o cabelo dos dois é parecido, tornou-se um meme disparado na internet. Os midiáticos foram comparados desde como irmãos gêmeos separados no útero até com personagens de desenhos dos mais diversos.

E então, o que ocorreu? Tanto Supla como Ana Maria poderiam ter ido à mídia e reclamado do que estava ocorrendo, ter dito que os brasileiros não deveriam ter feito aquilo com eles, que era algum estilo de “bulling” (o palavrinha que está na moda nos dias de hoje). Mas não, eles entraram tão bem na brincadeira que aceitaram participar (claro, por alguma boa grana) de uma propaganda da bandeira Visa de cartões de débito e crédito. Existia alguma forma melhor de mostrar que eles estavam se divertindo com o que estava ocorrendo? E mais, pensemos na sacada inteligentíssima que a Visa teve ao saber aproveitar o momento e colocar na frente do povo o que eles queriam: uma brincadeira, iniciada por consumidores de internet, com os dois midiáticos.

Propaganda é isso: é saber aproveitar o momento, saber até que ponto as pessoas acham algo ofensivo e a partir de que ponto não o é, e saber usar os pesos da balança para trabalhar bem esses dois lados e, muitas vezes, criar campanhas geniais. Mesmo que elas fiquem por pouco tempo na mídia, serão lembradas anos e anos depois por terem entrado na hora correta na vida das pessoas. Pois, querendo ou não, se a Visa tivesse deixado para lançar a propaganda um mês depois, toda a brincadeira já teria sido esquecida. A internet é assim, informação demais por pouco tempo dentro de um mundo superconectado.

Vinicius Gusmão 🏳️🌈

Analista Sênior Customer Success Ops | CRM | Customer Experience

7 a

Ótimo texto! O comercial da Visa foi feito tão rápido que sinceramente fiquei na dúvida se o vídeo já não havia sido feito antes a participação no programa foi apenas combinada... Andre Brenner somenteruma correção se me permite: amassado*

Alessandro Carvalho

Software Engineering Coordinator

7 a

Excelente observação.

Flavia Gamonar

Seja a referência em sua área / Posicionamento, conteúdo, influência e negócios no LinkedIn / Prof. Mestra e Mentora / Instrutora oficial LinkedIn Learning / Autora Unique Stories / MBA Tech para negócios / Prof. MBAs

7 a

Muito bom, parabéns!

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