Quando o Trabalho é a Margem que não tem Limite
Eu gosto de trabalhar.
Na verdade, eu gosto muito de trabalhar. Eu gosto tanto de trabalhar que falar isso chega a ser uma confissão tímida. Tímida em função dos excessos que tantas vezes me fazem dormir muito de madrugada trabalhando ou das vezes em que passo o dia sem comer, simplesmente porque estou completamente focada no trabalho. Eu gosto de trabalhar porque eu gosto do jeito que o trabalho faz eu me sentir e isto, por si só, já é um grande sinal de alerta.
E neste sentido, este foi um ano interessante e bem peculiar.
Ao mesmo tempo em que este foi o ano em que eu mais trabalhei na vida, este também foi o ano em que eu ofereci a #OficinaSemBurnout para o maior portal de Desenvolvimento Humano do País, o Portal 5D - o que me fez reavivar a necessidade de Reeditar o meu Ebook sobre o mesmo assunto - que por sua vez me conduziu a uma releitura bem profunda sobre todos estes processos internos.
Foram inúmeras as vezes em que eu me senti incoerente e inúmeras as vezes que eu me pergunte: "quem sou eu para falar sobre isso?". E todas as vezes a resposta foi a mesma: "você foi uma pessoa que passou por isso e que foi a fundo (em si e nos outros) para identificar os porquês." Mas mais do que isso, eu sou uma pessoa que decidiu fazer uma manobra quase kamikaze.
Dado o meu histórico, este foi o ano em que eu decidi brincar de ser o míssil atirado e eu te garanto que eu passei raspando. Embora tivesse sido consciente a decisão de dar um gás no trabalho ao longo do ano, por diversas vezes eu me senti fazendo uma manobra radical demais, perigosa demais e diversas vezes advertidas por aqueles que me amam. Eu testei um limite sem margem e brinquei de andar na mureta estreita que separa esta fronteira da outra: de um lado um plano alto, do outro, um abismo. No limbo entre os excessos da alta performance e a saúde física, mental e emocional.
Eu não caí. Mas isso não foi acidental. O que nos faz cair muitas vezes é a rasteira do que nos é inconsciente. O que eu fiz foi consciente e muitos dos segredos para isso ser possível eu explico aqui, no meu conteúdo gratuito para você. E de tudo isso o que ficam são duas necessidades. A primeira é de falar mais sobre o assunto, eu entendo que a gente precisa colocar mais luz naquilo que pode nos fazer desequilibrar a ponto de cair desta escarpada vertical e íngreme. E a a segunda é desacelerar mais, bem como delegar mais - o que eu estou "trabalhando" para. 😉
Em VidaSemBurnout.com.br você consegue ler o relato completo do Burnout que me fez tacar fogo na ponte da minha primeira área de atuação. Os 10 passos que me conduziram do estado da arte no que eu fazia a um estado de depressão profunda. Eu realmente o recomendo para todos que, assim como eu, querem ser produtivos, mas não querem se sabotar. Que amam seus trabalhos mas entendem que ele também pode ser uma "droga" pesada.