Quando a publicidade não nos representa
Segundo Rachel Moreno, a mídia incute nas mulheres um ideal de beleza inatingível, artificial, mercantilizado. Muitas sucumbem ao apelo da vênus jovem, magra, alta, loira, de olhos azuis e cabelos lisos, e fazem de tudo para alcançar esse objetivo, gastando dinheiro em cremes, xampus, complexos emagrecedores, escovas progressivas e tudo mais que prometa mudar a aparência. Algumas até comprometem a própria saúde fazendo regimes desumanos e se submetendo a cirurgias que muitas vezes geram resultados nefastos.
Como chegou-se a esse ponto, depois de tantas conquistas no último século? A quem interessa vender uma beleza inalcançável? De que maneira a mídia manipula a consciência em nome dos interesses do mercado? Quais são as conseqüências para as adolescentes de hoje? Onde entram as ‘diferentes – gordinhas, velhas, negras’ nesse sistema?
Já seu segundo livro “A Mulher e a Mídia”, Rachel inicia com um relato de como a mulher é retratada na mídia brasileira.
Apesar de ter uma presença abundante na mídia televisiva, as mulheres são sempre focadas de forma similar. É comum a reprodução de estereótipos e preconceitos, além da sutil imposição de modelos de beleza inalcançáveis.
“A imagem da mulher na mídia” é obra indispensável para a mobilização por uma comunicação de qualidade, que contemple a diversidade, pluralidade e o direito à informação.