Que tal tornar o agora na melhor fase da sua vida?

O que é tão novo que não possa carregar uma pitada de sabedoria? E o que há de tão velho que não possa se reinventar e descobrir aventuras ainda não exploradas?

Prestes a completar 40 (e animadíssima com essa ideia), tenho me permitido descobrir novas experiências e sentir o mundo com a intensidade que ele merece. Chega de viver anestesiada por autocobrança e noção destorcida do que é responsabilidade.

Seria crise da meia-idade? Oh, não! Sei disso porque vivi minha primeira crise existencial às vésperas de completar 10 anos.

Precoce? Talvez. Mas a ideia de passar a ter dois dígitos de idade mexeu demais com minhas seguranças e expectativas para a vida. Logo eu não poderia contar mais minha idade com os dedos de ambas as mãos?! Isso sim, seria o fim do mundo! (ah, eu também já era sobrevivente de uma profecia que o mundo acabaria em 1990).

E de lá pra cá tem sido interessante às analogias que a vida me coloca sobre o “novo e velho”. Você se veste como velha. Você é muita nova para entender essa situação. Você não tem medo de fazer transição de carreira nessa idade?

Fato é que estou mega animada para completar 40, sem crise nenhuma. Foi um dos fatores de motivação para minha transição de carreira – de certo, muito pela influência do setênio do propósito.

Esse momento também me deixou mais sensível aos sentimentos desses dois extremos.

Crianças e adolescentes sem ter acolhimento devido quanto às suas dificuldades. É coisa de criança; você não sabe o que é problema de verdade. Poxa, parece que os adultos apagaram essa fase da vida?! Por mais intenso que possa parecer, acolha! Isso molda quem eles serão como adultos, e pode ser uma grande ajuda em nosso próprio processo de cura interior. Relação ganha-ganha no fim.

E quando foi que “velho” ganhou tanto teor pejorativo? Aliás, o que é velho afinal?! Certamente não é a idade que determina isso. Ao longo do tempo temos dado o rótulo de velho a tudo que de certa forma perde a utilidade ou é descartável. E se não bastasse nós mesmos compramos esses rótulos e minamos nossa autoestima ao replicar esse discurso (estou velha demais para isso). Chega!

Por que não aumentar nosso vocabulário?! Não, você não está velho demais porque completou 50 anos. Não comer mais um pacote inteiro de biscoito ou aguentar noite em claro te torna seletivo, velho não.

Vamos curtir essa fase linda que deveria ser recheada de confiança pelas experiências já (sobre) vividas. E nos dar a permissão de viver cada ciclo apreciando a beleza que nos traz e acolhendo com amor cada ensinamento que a vida der.

Animadíssima para viver! E você?