Que tipo de investimento você precisa em sua startup?
Daniel Cabrera
Advogado em Direito Empresarial há mais de 20 anos. Especialista no desenvolvimento de uma visão estratégica e de riscos jurídicos, para transformar as questões legais das empresas em diferencial competitivo.
Que tipo de investimento você precisa em sua startup?
Para elaborar contratos com investidores, é indispensável compreender o modelo de negócio e as demandas da empresa. Saiba mais!
Muitas companhias multimilionárias, como Instagram e Uber, já foram startups. Em geral, os fundadores de uma startup têm algumas características em comum: eles acreditam que é possível inovar no mundo dos negócios por meio de produtos e serviços disruptivos, e enfrentam riscos movidos pela paixão.
Porém, para ter sucesso no mercado de inovação, é preciso ainda compreender profundamente sua área de atuação, ser bem-assessorado nos mais diversos setores, e ter consciência de que nem todos os potenciais investidores apresentarão o mesmo entusiasmo pela sua proposta de negócio.
Para ser concretizada, uma boa ideia precisa de capital, e nem todos os fundadores possuem os recursos necessários para dar o pontapé inicial em sua empresa. Porém, podem optar pelas mais diversas formas de financiamento, a depender do seu modelo de negócio.
A seguir, abordo a diferença entre as startups que precisam de capital financeiro e aquelas que necessitam de capital intelectual. Continue lendo meu artigo.
Capital financeiro X capital intelectual: diferentes formas de investimento em startups
Algumas startups precisam de mais capital financeiro do que recurso intelectual, já que os fundadores conseguem, sozinhos, lidarem com esse segundo investimento. Nesse cenário, é interessante propor o mútuo conversível em participação societária.
Funciona assim: os investidores emprestam capital à empresa e, se esta for bem-sucedida, posteriormente, tornam-se sócios da startup, convertendo os créditos em participação societária.
Por outro lado, existem startups que precisam mais de capital intelectual do que investimentos financeiros. Nesse contexto, convém considerar o contrato de vesting, que permite engajar profissionais na iniciativa por remunerações inferiores às praticadas no mercado, mas oferecendo equity na empresa.
Na prática, isso significa que eles irão se dedicar por determinado período à startup (geralmente, com um contrato associado a metas) e, em troca, receberão uma participação societária, em forma de ações ou quotas.
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Mesmo assim, é comum que profissionais vinculados a startups queiram mudar de emprego em pouco tempo para ter acesso a remunerações e benefícios mais competitivos. Em contrapartida, muitos estudantes de tecnologia desejam uma oportunidade de atuar em uma startup, para conhecer melhor esse universo e ascender na carreira mais rápido do que em empresas tradicionais.
Por fim, não se pode deixar de alertar a seriedade e maturação que este mercado de startups vem sofrendo nos últimos anos, porque depois de uma onda de empolgação, alguns passivos ficaram pelo caminho e até massas falidas deixaram suas máculas em empresários incautos.
Assim, sempre é muito importante tratar qualquer investimento e vínculo com uma startup como investimento de risco e de alta complexidade, requerendo cuidados jurídicos proporcionais a este tipo de exposição.
Conclusão
Neste artigo, você viu que, enquanto algumas startups precisam de investimentos financeiros, outras necessitam de capital intelectual. Também apresentei diferentes tipos de contratos, que podem ser adotados, a depender da necessidade da sua empresa e do seu modelo de negócio.
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