Que tipo de mundo surgirá do fim da pandemia?

Que tipo de mundo surgirá do fim da pandemia?

Um inimigo em comum; armas e escudos desiguais. A desigualdade social é um inimigo maior que o coronavírus.

Para onde estamos indo? Como será quando tudo passar? Quem de nós estará aqui? Tolice qualquer um de nós arriscar explicar porquê está sendo assim, muito menos qual será o saldo disso tudo. Contudo, tendendo a uma olhar sobrenatural sobre a #pandemia do século XXI, o mal que assusta os homens do futuro, a crise global sem precedentes, sinto que há uma mudança em curso. Como quando estudamos história e vemos grandes marcos da humanidade, alguns com alterações de curso significativas. Mas agora estamos falando de futuro, o desconhecido.

Como cristã, acredito que as dificuldades da vida nos fazem crescer. Acredito que os sofrimentos geram perseverança, experiência, esperança e, por consequência, um caráter aprovado (Rm 5:5). E quando esse sofrimento é compartilhado por 7 bilhões de pessoas, simultaneamente? Estamos aprendendo algo, rumo a uma versão melhor de nossa espécie? Não penso em castigo, mas reflito sobre as consequências. De que forma temos tratado o privilégio da natureza? Quais tem sido nossos valores e prioridades?

Um momento singular e complexo como esse coloca em xeque o que construimos e enaltecemos. Nos obriga a escolher o que queremos salvar. Um inimigo pequeno e invisível que nos colocou na parede. Nos pegou de surpresa e nos colocou de joelhos para reconhecermos que nossas diferenças religiosas, étnicas, monetárias ou quaisquer outras não podem nos distinguir diante de um inimigo comum. Apenas a arquitetura com camadas e mais camadas discriminatórias que nos separarm e que nós mesmos criamos pode aprofundar ainda mais a dor que o vírus pode causar aos nossos irmãos. De perto e de longe. A desigualdade tão gritante agora é palpável em todos os desdobramentos perniciosos da crise. Sem privilégios, tudo é mais difiícil. E se agrava, e doi.

O que vamos levar adiante, para quando vencermos essa guerra? Como voltaremos para "casa" do convívio social? Ou como sairemos de casa? Eu não sei, mas eu gostaria de glorificar a Deus vendo as palavras do Apóstolo Paulo se cumprindo de forma ampla sobre toda humanidade. Eu sonho que após essa dolorosa tribulação, possamos perseverar, adquirir experiência, esperança, aprendermos com as perdas e termos um caráter mais evoluído. Escolher as prioridades para um novo ciclo para nossa história. Que a própria mudança seja o caminho para nossa sobrevivência. Amém


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