Que venha o futuro!

Que venha o futuro!

Ontem fui em três eventos, dois em Curitiba e um em Chicago. Comecei no Campo Comprido, depois fui para o Juvevê e terminei em Chicago para assistir um show do Coldplay.

Fiquei um pouco chateado, pois o show era para começar às 22:30h e acabou atrasando quase 30 minutos. Porém, valeu a pena, estava em um local vip e pude circular quase que livremente entre o backstage, o palco e também entre os demais “mortais” que também foram assistir ao show.

Observei a confusão no palco, a incrível quantidade de cabos, o malabarismo da banda para tocar e dançar ao mesmo tempo que pulava os cabos evitando um belo tombo. Observei o roteiro das músicas, o suor do Chris Martin assim como a troca de olhares entre os músicos demonstrando que realmente estavam curtindo o show.

Acompanhei o nervosismo do pessoal técnico e o delírio dos fãs. Consegui inclusive observar uma loira com um piercing no lábio atualizando seu instagram.

Foi um show muito legal, gostei mesmo.

Ao final, já de madrugada, decidi que já era hora de descansar...tirei meu óculos de realidade virtual e fui dormir.

Pois é, infelizmente eu não estava lá fisicamente falando, mas para meu cérebro foi quase isso e fiquei refletindo o quanto a tecnologia avançou nestes últimos anos.

Nasci em 1970 (não escreverei minha idade, apenas para que vocês calculem...se levar mais de 2 segundos, fiquem preocupados). A TV que tínhamos em casa era colorida (preto e branco, são duas cores, logicamente significa que a imagem é colorida, não?....hehehe). Quando criança, sonhava com personagens que usavam aparelhos de comunicação extremamente modernos (celulares de comunicação, robô que falava, computadores que traziam informações, um buraco na parede em que você colocava a comida e a mesma esquentava sozinha sem fogo).

Anos depois veio a tv colorida (agora outras cores além do preto e branco), acho que em 1983, teve uma feira em minha cidade (Joaçaba) e lá conheci o primeiro mico computador, acho que era um CP 500 e fiquei maravilhado quando ganhei um desenho de um avião que saiu de um aparelho barulhento chamado “impressora matricial”.

Depois ganhei um vídeo game Atari. Uma maravilha para qualquer adolescente.

Quando começou a internet residencial, lembro dos kit de acesso que comprávamos. Um modem e um cd para carregar o programa e lembro até hoje o ruído da internet discada e a demora para baixar fotos. Você começava o download, tomava banho, escovava os dentes e voltava ao micro para descobrir que ainda faltava 30%...isso quando a conexão não caia e precisava começar tudo outras vez....

Em 1992 fui com um pessoal que trabalhava na Posigraf, em uma feira de tecnologia em São Paulo  e fiquei maravilhado com uma impressora colorida laser, era uma aparelho imenso. Mas não tinha qualidade fotográfica. Ganhei um desenho de um trem...

Meu primeiro celular foi um Nokia, acho que 1998, lembro que o aparelho e a linha foram extremamente caros. Ele tinha um joguinho, acho que se chamava snake, muito emocionante.

Quando morei na Espanha, 1999/2000 para fazer meu mestrado, comprei uma TV com acesso a uma espécie de internet. Existia a internet normal, mas o governo francês tentou lançar um concorrente da internet para acessar via TV controlando através de um controle remoto.

Hoje temos celulares, smartphones, que o mais “simples” tem um poder de processamento maior do que o computador que foi usado para lançar a “Apolo 11” que levou o homem a Lua.

Não faço ideia do que meu filho vivenciará, que hoje tem 10 anos, quando chegar a minha idade.

Minha conclusão...o presente surpreendeu a ficção científica que eu assistia no passado! E por mais que as vezes o futuro possa dar medo...a capacidade de se adaptar do ser humano é incrível! Que venha o futuro!

Vejo-me exatamente nas descrição do seu texto. Muito bom.

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