Quem nos tornamos?
Recentemente, deparei-me com um texto do autor W. Livingston Larned, intitulado "O Pai Perdoa", que aborda a nossa exigência para com os nossos filhos e a falta de percepção da beleza da evolução diária deles. Todos os dias, somos cobrados por nós mesmos e pelos nossos superiores para sermos melhores, melhores e melhores. Será que isso nos tem tornado insensíveis?
Um amigo meu, Duda, uma vez me disse que, à medida que envelhecia, tornava-se cada vez mais exigente na busca pela mulher ideal e acabou ficando solteiro por muito tempo por causa disso. Eventualmente, ele precisou se desconstruir e se reconstruir e encontrar alguém com defeitos, mas também muitas qualidades. como não percebi que isso poderia se aplicar aos meus filhos, que se esforçam do jeito deles, cada um com um estímulo diferente. Repetimos várias vezes a mesma coisa, como minha mãe costumava dizer: "Já te falei isso mil vezes, não acredito que você ainda não aprendeu?". Esse ciclo se repete, e eles andam descalços, não usam blusa no frio, usam blusa no calor, passam horas penteando o cabelo para um momento que não entendemos e, quando pedimos para arrumar o cabelo bagunçado, eles respondem: "Gosto assim, pai", esperando a nossa aprovação com um olhar inocente.
Muitas vezes esperamos que nossos filhos se tornem adultos bem-sucedidos e ricos para que possamos partir um dia sem nos preocuparmos com a possibilidade de passarem necessidades. Mas será que no futuro eles vão se importar com isso? Ou eles vão entender que a vida é muito mais do que ter dinheiro no banco, uma casa grande, roupas e carros?
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Não podemos controlar o futuro de nossos filhos, mas podemos controlar a maneira como expressamos nossos sentimentos e como os ajudamos a se tornarem confiantes e seguros de que estamos ao lado deles para guiá-los. Agora é o momento de dar amor e apoio, de incentivá-los a serem criativos e falar conosco sobre o que quiserem. Não devemos criticar tudo pensando que estamos ensinando, deixemos eles crescerem e as vezes errarem, derrubar o café na mesa, comer pizza com as mãos e se esquecer o casaco no frio, façam uma piada mostrando que erraram para que aprendam com o erro e não com sua critica as vezes mal humorada.
Ao ler o texto inspirador de W. Livingston Larned, concluímos que é importante cuidar de nossas mentes para que possamos ser leves e fluidos como a água. E quando precisarmos educar nossos filhos, devemos fazê-lo com amor e paciência, como um professor que é admirado e respeitado por seus alunos.
Filho, eu te amo e prometo que amanhã serei melhor que hoje.
Gerente de Engenharia de Sotware | Ref. Data & Data delivery | Práticas Ágeis e Lean | Esposo da Chris, pai do Diogo e do Samuel
1 aÉ necessária muita sabedoria do alto meu amigo! Ótima reflexão !