Você sabe quem são os seus consumidores digitais e o que buscam?
Após seguidos anos de crescimento, as vendas no varejo acumularam uma queda de 4% em 2015, isso se dá por conta do cenário político-econômico por qual passamos. Em contrapartida, os negócios via web apresentaram um crescimento de 3% no volume de pedidos, o que representa a fatia de 41,3 Bilhões, valor que significa um aumento nominal de 15,3% se comparado com 2014.
Apesar do crescimento o E-commerce já teve dias melhores, como todo setor da economia ele também foi impactado com as reduções e demissões, a população passou a frear seus custos, principalmente a classe C que foi a mais importante para o crescimento do setor em 2013. Neste ano a partição da classe representava 54% das compras online, porém, em dezembro de 2015 tivemos uma redução bruta para 39%.
Um dos fatores do crescimento do setor é a maior participação das classes A e B que adquiriram produtos de maior valor agregado. O que proporcionou uma elevação de 12% no tíquete que chegou ao valor médio de R$ 388.
Como prometido no artigo, Ter presença digital vale a pena?, a seguir compartilho mais dados que o ajudarão a entender parte dos infinitos comportamentos do individuo na internet.
Quem são? Onde estão? E o que buscam? Essas são algumas das perguntas que tentarei responder.
- No Brasil 49% dos acessos a internet vem da região Sudeste, seguida por nordeste com 20%, Sul com 16,2%, Centro Oeste com 8% e Norte com 6,2%.
- Buscas (Search) ocupam o primeiro lugar, isso se dá por conta que 98% das pessoas na hora de abrir uma pagina na web é direcionada para um navegador. Segundo pesquisa realizada pelo Serasa Experian o Google.com ocupa o primeiro lugar no raking de buscadores, seguido por google.com.br e Bing.
- Em segundo lugar, no ranking dos mais acessados, temos as redes sociais com 81,9%, seguidos por e-mail, entretenimento e mensagens instantâneas. O Facebook ocupa o primeiro lugar na categoria, com 64,82% de acessos, seguido por YouTube com 26,04% e em terceiro lugar aparece o Yahoo repostas com 1,47%, ganhando do Twitter com 1,36% e Instagram 0,54%.
- Tivemos um crescimento de mais de 62,1% na base de usuários que utilizam a web para buscar por atividades de compras. A atividade ficou em 6º lugar no raking de buscas, o que denota estar dentro da média mundial.
- Comparação de preços é um dos comportamentos mais comuns na web, só na América latina 21,5% são atividades de comparativos de preços, o que nos enquadra bem próximo a média mundial que é de 23,7%. Neste quesito os americanos ocupam o primeiro lugar no podium com 39%, seguidos pelo Brasil com 33,8%, sendo o site busca pé líder no segmento de comparativo de preços.
Fonte: www.ebit.com.br
- 50 % dos consumidores são homens
- 50 % são mulheres, em 2014 elas eram em 48,6%.
- 8% possuem até 24 anos
- 21% entre 25 e 34 anos
- 39% entre 35 e 49 anos
- 33% acima de 50 anos * houve um aumento de 3 pontos percentuais se comparado a 2014, segundo estudo realizado pelo ebit.
Conforme um estudo realizado pelo Ibope Midia em 2010, os itens com maior participação no e-commerce brasileiro foram: Livros com mais de 30% no volume de vendas, seguido por telefones e acessórios com 20%, eletrodomésticos com 18% e tecnologia pessoal com 16 %.
Em 2015 houve uma reviravolta no comportamento do consumidor, como já mencionado anteriormente, tivemos um crescimento na compra bens de maior valor agregado e os campeões em vendas são:
Viagens e Turismo com 72%, eletrônicos com 66%, assinatura de revistas 63%, Eletrodomésticos e telefonia celulares ambas com 61%, Fotografia 53%, livros 51%, colecionáveis e sexshop com 50%.
Estes são alguns dados que você pode explorar para entender um pouco mais do universo de oportunidades que o ambiente online pode oferecer, todavia, não se esqueça que, acima de uma compra os clientes buscam antes de mais nada uma boa experiência, e isso requer um site com boa qualidade; visual, tecnológica e uma comunicação clara e eficiente. Não basta apenas postar seu produto na web e esperar que a mágica aconteça, é preciso zelo e dedicação para com o cliente.
70% das pessoas que compram produtos ou serviços online sentem falta de um bom pós venda, menos robotizado e mais humano, 45% cita que um atendimento mais próximo via chat ou whatsapp faz toda a diferença.
Grande parte dos consumidores antes de efetuar a compra pela internet buscam pelo produto em alguma loja física, isso é chamado OMNICHANNEL, as pessoas ainda sentem a necessidade de tocar e experimentar o produto antes da compra.
Um dos fatores decisivos no momento da compra pela web é o prazo de entrega estabelecido pelas empresas, isso vai de acordo com a disponibilidade e necessidade do cliente em querer e precisar do produto imediatamente ou esperar. Entretanto, a compra pela web e retirada em lojas físicas tem sido a melhor saída para os consumidores, lojas que já adotam este modelo, sem dúvida, estão um passo a frente das que não permitem retirada no espaço físico. Neste caso o consumidor opta por ir até uma loja física experimentar e dependendo da necessidade já adquire o produto na hora. É aí, então, que uma venda potencial é perdida por você ou seu negócio não trabalharem com esse tipo de estratégia.
Para entender melhor quem são seus consumidores e o que buscam, é preciso dialogar. Por isso, avaliar a opinião de seus consumidores sobre produtos ou serviços, venda e pós venda, é fundamental, claro, alinhando isso com bom preço, rapidez, transparência e comprometimento. Estas são parte de uma fidelização bilateral, por mais que as margens de lucro sejam apertadas por conta da concorrência, jamais se esqueça, ganha o cliente aquele que lhe proporcionar a melhor experiência. Então, não espere um escorregão da concorrência, comece já, trabalhe em cima de seus pontos fortes para atrair novos clientes e fortaleça os pontos fracos para mantê-los.
Eu fico por aqui, espero que este artigo tenha lhe dado um parâmetro dos setores que mais crescem em vendas pela web e quem são, o que buscam e, principalmente, em qual momento do E-commerce estamos vivendo no Brasil.
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