Quem tem medo de Sombra? Seu Chefe tem!
Quem tem medo de Sombra? Seu Chefe tem!
Silvio Broxado*
Uma das mais tristes histórias do mundo organizacional é chefe que tem medo do talento do subordinado. Quem nunca viu, ouviu o sentiu na própria pele uma experiência como essa?
É incrível a quantidade de pessoas imaturas, inseguras, e algumas vezes, de fato, incompetentes técnica e comportamental, exercendo cargos de liderança em todos os tipos de organizações, que sentem receio do potencial e do desempenho dos seus subordinados.
É uma verdadeira tragédia corporativa, pois o tal fulano “chefinho” medroso, pode ir além do sentimento de inferioridade e recalque para uma ação efetiva de combate ao subordinado habilidoso. Veja a seguir a lista das prováveis ações e mal feitos que os tais “profissionais despreparados” podem provocar ou produzir:
1. Assediar intelectualmente o subordinado: (Passar tarefas bem acima ou abaixo da capacidade intelectual do colaborador, com objetivo de destruir sua auto-estima e motivação de trabalhar naquele setor onde o chefe troglodita é o manda-chuva);
2. Não permitir que o colaborador se ausente do setor para participar de cursos;
3. Nunca avaliar bem o colaborador, nem elogiar,..só criticar;
4. Não construir relação alguma com o colaborador talentoso, e de preferência nem dizer “bom dia” a ele;
5. Fofocar aos demais pares, aos superiores (principalmente), ou colegas de trabalho que o colaborador talentoso, ao contrário é (na visão do chefe antiético) um “mala reclamão”, que vive fazendo outras coisas no computador, que não se entrosa com ninguém, e com isso o “fadado ao fracasso no médio prazo” do chefe ainda acha que ganha pontos com a Diretoria,...(coitados);
6. Não permitir que o colaborador, trainee ou estagiário experimente uma ideia nova, um a maneira nova e mais eficiente de realizar um trabalho;
7. Estar sempre com uma paupérrima comunicação não-verbal, de cara sisuda, aparentando estresse, raiva, frustação ou,...falta de competência mesmo.
8. Ficar inventado tarefas que nada têm a ver com o aprendizado do talentoso subordinado, a fim de que ele nunca possa aprender o serviço que mais importa, de maneira correta e ágil;
9. Não solicitar, nem cobrar ou orientar sobre as tarefas ou serviços a serem realizados, com medo de passar “o pulo do gato”;
10. Fazer de conta que o tal colaborador nem existe.
Se você já conheceu uma situação dessas, não se espante, pois você não está só. Milhões de pessoas no mundo real do trabalho convivem diariamente com essa tortura laboral. Segundo o Ministério do Trabalho 70% das depressões que acometem profissionais são frutos dessa violência velada contra as pessoas e contra as próprias instituições. Temos de varrer para fora, já, das organizações chefias como essas, custe o que custar para assim darmos sustentabilidade ao clima e desempenho organizacional.
Silvio Broxado*