Quem vai para a Forbes?

Grandes empresas confiam na mentoria.

Os desafios de um CHRO

A Oracle tinha razão quando escreveu “Os 10 principais desafios que os CHROs precisam superar em 2024”, lá em fevereiro. Ela só errou no período, porque, ao que tudo indica, alguns dos desafios serão levados para 2025 e, se nada for feito, comporão a cultura organizacional para sempre. Quer um exemplo? Podemos fazer mais do que isso, unindo 3 desafios: reter talentos, promover a diversidade, igualdade e inclusão e lidar com a gestão de tempo. E esse será o nosso tema de hoje. 

Na verdade, a Oracle cometeu outro pequeno deslize, porque essas preocupações, que decidimos unir em apenas uma, não são apenas do CHRO, são do RH inteiro e, provavelmente, suas também. Cada vez mais, o Recursos Humanos tem um papel estratégico e completamente decisivo no sucesso e futuro das organizações, o que tem criado uma atmosfera de tensão nesses setores à medida que o mercado de trabalho vai apresentando seus desafios. Mas vale a pena. 

Uma pesquisa da McKinsey & Company revelou que empresas com diversidade étnica e racial têm 35% mais chances de ter rendimentos muito acima da média no seu segmento - 15 vezes mais possibilidade de lucro. Aí é que está a essência da discussão de hoje e como os temas se conectam: as empresas precisam promover diversidade para reter talentos e lucrar, e elas precisam fazer isso logo, antes que seja tarde demais. 

A melhor forma de conseguir reter talentos, embora pareça óbvio, é entendendo as vantagens disso: aplicar job rotation e desenvolver colaboradores, principalmente se ligado à diversidade, sai muito mais barato que apostar em contratações sempre que necessário. Isso tudo com um adicional: empresas que dão liberdade para que talentos cresçam permitem que eles se sintam parte de toda conquista e queiram vestir a camisa - e quando isso parte do time, deixa de ser um termo pejorativo.

Melhores lugares para se trabalhar 

Imagine uma sala com 300 alunos. Pessoas completamente diferentes entre si. O professor tem uma meta para cumprir até dezembro: todos precisam aprender raiz quadrada. Não tem jeito, alguns vão ficar para trás, porque é muito verdade o que até alguns filmes apresentam: pessoas aprendem de formas diferentes. Isso significa que o professor precisa saber ensinar de 300 maneiras distintas? Só se quisermos ter alunos repetentes por um bom tempo. Mas, se quisermos encurtar distâncias, controlando bem o tempo de aula, mantendo os alunos dentro da sala e aproveitando ao máximo as suas diferenças, estamos falando de mentoria. 

Em 2020, a FIA Employee Experience realizou uma pesquisa dos 100 lugares mais incríveis para se trabalhar e 55% das empresas ranqueadas oferecem mentoria. Você já pode imaginar o quanto esse cenário mudou após 2020. Apenas um professor não daria conta de colocar nenhuma empresa nesse ranking. E veja, a metáfora é ridícula, mas é útil para exemplificar. Ter um mentor é trazer para o mentorado alguém que já conheceu o caminho das pedras e fala a sua língua, criando uma motivação a partir da identificação e conexão. 

Fingir que não precisa disso e lidar com todos os desafios apenas com artifícios internos será, em algum momento, motivo para que a empresa vire alvo de algum post aqui na rede - algo como “A empresa em que eu trabalho vive falando de diversidade em seus canais de comunicação, mas nunca me ofereceu uma promoção, em 5 anos”. Já viu? Não é a melhor maneira de viralizar.

Grandes empresas, longas conversas

O time quer crescer no curto e médio prazo. A empresa precisa de vendas e profissionais bem preparados para ontem. A mentoria deve começar hoje. Exemplo disso é que, em 2019, a Pepsico estave mais perto de suas metas quando convidou mentores para os setores - 35% dos colaboradores negros conquistaram novas posições dentro da empresa. Diversas organizações têm buscado programas de mentoria porque querem ter resultados como esse e porque perceberam que é uma alternativa para fugir do turnover. 

Mas, alguns líderes ainda têm barreiras porque acreditam que se trata apenas de motivação. Na verdade, um mentor compartilha experiência de vida e profissional, know-how e repertório, com diversas finalidades: desenvolver habilidades de liderança, alinhar cultura organizacional com aspirações pessoais, criar oportunidades e superar esses 10 (ou mais) desafios que a Oracle propôs para esse ano. No final das contas, mentoria se difere de outros programas de job rotation porque está muito mais no plano das ações do que apenas das ideias. E as grandes empresas sabem disso.

Mentorados estão na Forbes

O título não foi um clickbait. A Forbes divulgou que 70% das empresas listadas na Fortune 500 têm programas de mentoria. Isso porque o mentoring também contribui para o aumento de grupos sub-representados na liderança em cerca de 9% a 24% e, em geral, ajudam na promoção e retenção em até 38%, se comparado aos colaboradores que não participam de mentorias (Universidade de Cornell, do site Startups, 2024). Ok, já entendemos que a mentoria é solução para o desafio: reter talentos, promover a diversidade, igualdade e inclusão e lidar com a gestão de tempo. Mas, por onde e quando começar?

É comum que haja um certo bloqueio ao implementar mudanças que mexam completamente com a estrutura organizacional. Principalmente, porque em 61% das grandes empresas brasileiras, o RH ainda é responsável por departamento pessoal e fica de fora de grandes decisões estratégicas (Exame, 2023). Nós, da Top2You, não apenas acreditamos que essa reviravolta está nas mãos do RH e CHROs, como agentes decisivos para transformar, como também ela pode começar logo. 

Ano que vem, quando fontes como a Oracle divulgarem os desafios de 2025 para o mundo corporativo, você pode ter superado os problemas de 2024. Conte com a Top2You e o Mover Conecta (tem turma aberta para novembro, corre).