Queridas marcas, o Natal pode acontecer várias vezes por ano

Queridas marcas, o Natal pode acontecer várias vezes por ano

Sabem aquela máxima de que o Natal é quando um homem quiser?

Ela é mesmo real, senhores, acreditem. Aprendemos nas aulas de comunicação que no meio de planos anuais ou semestrais há eixos de comunicação que orientam o caminho que cada marca faz e cronogramas (normalmente em anexo) em que organizamos os momentos-chave em que as marcas se vão manifestar, quer seja ao nível do digital, da publicidade ou das relações públicas.

Há uma certa tendência para algum histerismo na altura do Natal especialmente no que toca às acções de responsabilidade social. A verdade é que esta época de solidariedade, de partilha e de comunhão pode acontecer em qualquer altura do ano e ai as marcas conseguem medir o retorno dessas mesmas acções de forma mais lúcida.

A 30 de Novembro, os corações batem mais forte e toda a gente se lembra de animais abandonados, de doentes, de idosos e de vítimas de violência doméstica. O barulho dos tostões de investimento em responsabilidade deveria fazer-se ouvir durante todo o ano, não só porque isso demonstra de facto que a marca mantêm uma atitude responsavel e credível como irá demonstrar aos seus consumidores que podem contar com ela sempre e não só em momentos em que o cabrito está no forno.

Numa altura em que toda a gente oferece cabazes de Natal, o foco do consumidor perante cada marca acaba por ficar perdido no meio de tantas doações. A causa perde-se aos olhos do consumidor e o impacto externo acaba por ser inferior.

Aos gestores de marca que adoram o Natal como eu, vamos tentar que a ceia de Natal e o Dia de Reis se replique em acções mais consistentes, mais redundantes e em linha com a actividade das marcas.

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