Realmente, o que as empresas buscam?
Nos meses em que estive desligado (como minha esposa se refere ao desemprego), nas procuras diárias ví coisas que adoraria compartilhar, são situações que entendo prioridades nas melhorias, para se administrar um negócio voltado ao cliente, penso em equipe com sangue nos olhos, seja de qual especialidade for.
Outro dia fui entrevistado para uma vaga de gestor de pós-vendas, da matriz de um grande grupo com aproximadamente 10 concessionárias que representam uma das maiores fabricantes de veículos pesados do mundo. Diante desta grande oportunidade de recolocação, em um ambiente idêntico ao que atuo a mais de 19 anos, não tive problemas com as primeiras entrevistas e segundo o feedback fui muito bem, realmente meu perfil era muito aderente a vaga. Faltava então a entrevista com o diretor de pós-vendas do grupo e desta entrevista a derradeira pergunta, o que realmente as empresas buscam no profissional? E acrescento, o que as empresas esperam dos clientes?
Na entrevista demonstrei meus conhecimentos em pós-vendas e o diferencial que carrego de efetuar a gestão focando no relacionamento duradouro com clientes, mostrei ferramentas e passos para tal fidelidade e descobri enfim que a busca deste diretor era por alguém que simplesmente administrasse as frustrações dos colaboradores e dos clientes, as frustrações sim, eu administraria, faz parte de um negócio que utiliza modelos antigos de administração de clientes e que carrega a visão de um departamento que existe somente para cumprir regras de concessão e não com o objetivo de lucrar, eu administraria para mudar isso!
Porque ideias modernas de administração assustam os altos gestores do negócio? Parece que um trabalho a mais, mesmo que lucrativo, lhes “dará muito trabalho”, entendo com isso que, alguns gestores, também entram em um ponto de equilíbrio, dali não saem e acham perigoso arriscar o diferente.
Continuo com a certeza que podemos lucrar muito no pós-vendas, que podemos fidelizar pelo pós-vendas, independente da marca representada, mesmo ainda ouvindo que este departamento é um mal necessário, é o hospital da loja, que se pelo menos pagasse os custos fixos já estava bom e blá blá blá, ... balelas!
Continuarei sei, encarando esta realidade, vendo administrações fechadas dentro do negócio. Senhores: thinking outside the box, pensem fora da caixa!
Não desisto de minhas convicções e ideais de negócios que privilegiem todos os Stakeholders, os traumas antigos devem ser melhorados, os atritos entre equipes, a falta de treinamentos e até de expertise de trabalho, devem sofrer um choque de administração, mas sem chocar o capital humano da organização, entendo o departamento de relacionamento com os clientes, como uma continuação muito lucrativa das vendas iniciais em si, as equipes que tive executando este negócio sempre foram comissionadas, tive um diretor que sempre me falava que a moça do cafezinho, tinha que estar se relacionando e vendendo, e ela também merece comissões, tratemos comissões como acharmos melhor: dinheiro, prêmios, cursos, treinamentos e por aí vai. Desenhar os processos com o know-how que as pessoas possuem dentro das empresas, pode trazer muitas surpresas positivas, basta dar passos em busca e acreditar nas pessoas, com um gigante capital intelectual para palpitar e tornar estes processos próximos da perfeição, ninguém desenha melhor processos, do que quem os opera “in loco”, basta uma administração para coordenar isto, os clientes agradecem, e continuarão deixando o dinheiro na empresa.
Mas se o problema for somente administrar as angústias de diretores, frustrações de clientes e desmotivações de equipes, sem poder avançar, para mim não será suficiente!