Reaprendendo com as crianças
Recentemente, reaprendi com o meu filho que tudo na vida tem o seu tempo certo para acontecer. Se o seu dia é similar ao meu, provavelmente é regado de desafios, metas, objetivos, ações a serem realizadas, decisões a serem tomadas, escolhas a serem feitas e, principalmente, a busca incansável por resultados. Ansioso? Sim, sou. Não escondo isso de ninguém, no entanto, busco me controlar, tendo em vista que tenho consciência que essa característica pode atrapalhar o bom andamento das coisas e não alcançar o que espero.
É fácil? Não. Nem um pouco para quem tem o perfil de planejar, executar e logo querer ver o resultado, nem sempre é assim que acontece. Muitas vezes é necessário esperar. Sim! Esperar o momento certo para planejar, executar ou até mesmo amadurecer o que foi feito para que o resultado venha em médio ou longo prazo.
Ouvia os meus pais dizerem que tinham aprendido e reaprendido muito comigo quando criança e não compreendia o que isso significava. Atualmente, concordo com o que sempre falaram. Recentemente, os amiguinhos do meu filho “desfraldaram” e imaginamos que estava no momento de fazer o mesmo, no entanto, um detalhe, ele é o mais novo da turma e não foi bem assim que aconteceu. Tentamos forçar a barra e ele não estava no momento de utilizar o penico ou até mesmo o vaso sanitário e tivemos que recuar. Aprendi? Sim e muito com este episódio. Devemos, principalmente, respeitar o tempo das pessoas, compreender e analisar os sinais que nos enviam, em especial o famoso “body language” ou linguagem corporal, muito utilizado no mundo corporativo e que reaprendemos com os filhos.
Você já deve ter ouvido falar que um determinado negócio não deu certo em uma certa época porque as pessoas não estavam preparadas para receber tamanha novidade? Ou porque não tinha tecnologia suficiente? Ou porque não tinham certeza de que daria certo?
Já ouvi e vi inúmeras pessoas e empresas no contexto acima. Lembro que uma pessoa muito querida queria montar uma Rede de Negócios na década de 80, no entanto, não existia tecnologia o suficiente para suportar a ideia, portanto a abandonou. Acredito que você já deve ter ouvido ou até mesmo vivenciado algo similar, no sentido de que não era o momento e seria necessário recuar ou até mesmo desenvolver algo antes de dar um passo maior?
Outra situação comum: são as tomadas de decisões precipitadas, quando não esperamos algo amadurecer, ou posicionamento em encontros e reuniões de negócios, sem analisar o contexto.
Portanto, reaprendi uma lição muito importante: devemos respeitar o tempo das pessoas e dos negócios para que a tomada de decisão esteja madura e assertiva. Agora como saber? Utilize a sua percepção, analise o ambiente, compreenda os riscos e benefícios e, ao tomar uma decisão, pergunte para si: foi a melhor? Se a consciência disser sim, ótimo! Agora se disser não, o que é necessário para remediar e corrigir a rota? Ao menos, você tentou e errou, e disso, conseguiu um aprendizado.
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