A Rede

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Hoje vou falar com quem me lê sobre uma iniciativa de networking que me ocorreu há algum tempo, mas que ainda não saiu do papel, apesar das tentativas.

Esse insight partiu da experiência da Agenda MCN (abordamos no capítulo 1 desta newsletter), ao imaginar como seria agregadora a integração entre diversos grupos de networking, que hoje permeiam a nossa rede profissional.

Explico. Hoje, se você não prestar atenção, vai acabar identificando ou se deparando com algumas dezenas de grupos de networking. Me refiro a grupos de verdade, aqueles que promovem encontros virtuais ou presenciais, discussões em alto nível, que estão movimentando pessoas e negócios em alguma direção, trocando experiências que agregam valor a quem participa e, às vezes, até mesmo a quem está de fora. 

Entretanto, se você prestar bastante atenção identificará não centenas, mas milhares dessas iniciativas de networking. Há uma infinidade de grupos setorizados, segmentados, ramificados, capilares e centralizados, locais, nacionais e internacionais, da indústria, do agro, dos serviços, do varejo, de gestores, de CEOs, CMOs, CFOs, do pessoal do Marketing, do ESG, da gestão ágil, do design thinking, da engenharia, reengenharia, da engenharia reversa, do mercado exterior, de gestão de pessoas, de empregabilidade, de negócios, de empreendedorismo, empreendedorismo feminino, de mentorias para negócios, para liderança, entre tantos outros. A lista é longa. 

Muitos desses são grupos interessantes para mim, outros para você, outros para ele, ela, eles… se olharmos com mais calma, no buraco do queijo, vamos perceber que todos esses grupos tem algo que agrega para todo mundo e qualquer um, pois há muito conhecimento e experiências compartilhados.

Isso é fácil de ser visto por aqueles indivíduos que têm a capacidade de olhar mais adiante, uns duzentos metros além do horizonte. Não mais que isso. Pode ser até por uma fresta aberta na caixa. Nem precisa sair dela. 

Pode apostar, mesmo quando o grupo trata de temas bastante específicos, se tivermos um pouquinho de boa vontade, podemos identificar pontos de interesses comuns, em que todos se encontram, são vértices que potencializam a oportunidade de fazermos algo realmente agregador e genuíno.

Na minha proposta, criaríamos uma espécie de rede mesh (em malha) de grupos e organizações de networking, educação, mentorias, empreendedorismo, negócios e tudo mais o que já citei anteriormente, exatamente nas suas agendas públicas ou abertas ao público. Lives, talk shows, webinários, entrevistas, eventos presenciais, rodadas de negócios…. e vai. 

Uma constelação onde cada organização ou iniciativa de networking são estrelas de mesma magnitude. Sem hierarquia. Bastava organizar as agendas de todas elas e divulgar entre todos os envolvidos no projeto da ampla rede de networking. Nesse universo que é o LinkedIn, seríamos uma galáxia, unidos por uma gravidade chamada colaboração. 

Parece legal, né? Eu achei. Um ambiente em que todos pudessem compartilhar conteúdos, insights, criar conexões e coisa e tal. Conhecer um pouco mais o que acontece do lado de lá do muro. De certa forma, derrubar um pedacinho do muro.

Mas eu mesmo encontrei um muro intransponível. Talvez em parte, por culpa minha e a minha péssima comunicação, talvez porque muitos grupos são formados para serem herméticos mesmo, olhando muito para dentro e para os seus, e também porque muita gente não conseguiu (ou não se interessou em) entender o quão vantajoso é promover essas integrações. 

Vejo, entretanto, muito discurso que está distante léguas da ação. Muita gente falando em colaboração, networking honesto, legítimo, que não deforma ou solta as tiras, mas que é incapaz de enxergar no grupo ao lado um potencial parceiro, alguém com quem colaborar. 

Ao limitar-se, os grupos de networking acabam por perder ótimas oportunidades de crescimento, em uma relação de verdadeiro ganha-ganha. 

No Meu Clube de Negócios tínhamos por política a vedação de divulgarem convites para outros grupos. A diretriz era promover uma conexão institucional, publicando mutuamente as agendas. Aí sim, em colaboração. 

Ainda é um sonho, mas que pode se realizar a qualquer momento. O networking não deve se deixar limitar.

Tais Mattos

Fundadora da Mako Agencia

1 a

João Martins Silveira Junior você é uma pessoa genuína, movida pelas suas paixões e espírito colaborativo. Sua iniciativa é digna de muitos aplausos. Acredito que ainda vivemos em um mundo corporativo, em sua maioria, muito egoista, as pessoas veem qualquer grupo e contato como oportunidade para divulgação própria. Hoje vejo o LinkedIn tentando quebrar esse tipo de atitude, dando voz a pessoas que focam no conteúdo colaborativo e de crescimento para os que o consomem. Vejo os Top Voicers publicando sobre interesses da maioria, conteúdos profundos, que geram reflexão e, inevitavelmente, mudanças. Hoje o MCN não chegou onde você sonha, mas são as pequenas iniciativas que movem as grandes mudanças. Acredito muito no MCN, já te falei algumas vezes o quanto admiro sua linha de raciocínio e sua constância, sempre acreditando e promovendo ações. Continue firme meu amigo, não tenho dúvidas de que alcançará seus objetivos com o Clube.

Lilian Leal

Inspetor Plena da Qualidade | Auditoria de Produto | Melhoria contínua | Auditoria de Processo| Gestão da Qualidade

1 a

Parabéns 👏👏👏👏👏👏 excelente João Martins Silveira Junior o importante é não desistir.

Lilian Leal

Inspetor Plena da Qualidade | Auditoria de Produto | Melhoria contínua | Auditoria de Processo| Gestão da Qualidade

1 a

Excelente seu artigo João Martins Silveira Junior goste da frase: O networking não deve se deixar limitar. Parabéns e gratidão pela rica partilha.

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