Reflexões abertas sobre a Educação 4.0 e a Revolução Industrial-Tecnológica-Social 5.0

Reflexões abertas sobre a Educação 4.0 e a Revolução Industrial-Tecnológica-Social 5.0


Ao ler hoje cedo um excelente artigo aqui no LinkedIn (abaixo), pensei em socializar também por aqui algumas reflexões que me perseguem e guiam e, seguindo a ordem mundial posta, compartilhá-las, na intenção de possibilitar sua expansão, a partir do pensamento e opiniões múltiplas e heterogêneas.

 

Assim, deixando de lado qualquer crítica sobre a Educação formal para o Sistema vigente, minha intenção aqui é partir de nós, enquanto profissionais da Educação, e ampliar a discussão até nós, seres humanos.

Estamos preparados para o fato de que a profissão de professor, como a conhecemos hoje, mesmo com os upgrades didático-pedagógicos das metodologias ativas, é a próxima profissão substituída por bots?    

Acredito que a reinvenção do professor, em um futuro bem próximo, passará necessariamente pela habilidade de facilitar a navegação útil, desafiadora e prazerosa para gerar aprendizado. Esta facilitação deverá se desenvolver muito mais por estímulos e se afastar da ideia de navegação guiada, conduzida.

A propósito, haverá uma sistematização desta navegação? Se houver, não poderá cercear a liberdade e a curiosidade naturais dos aprendizes, sob pena de simplesmente não ser funcional. Esta sistematização poderia então ter a IA e a machine learning, munidas de sua assistente pessoal (tipo Siri) que substituiria o tal professor-facilitador humano? Esta é a nossa EaD emergente.

No âmbito presencial, imagino, o papel do hoje professor-mediador seria mais parecido com “assistentes-facilitadores de criação” dos makers. Já o coordenador pedagógico teria o papel mais próximo de um produtor-executivo, por sua característica freelancer e, a partir da sua expertise em desenvolver habilidades e competências, seria contratado para organizar os momentos (especiais, não rotineiros) e espaços de laboratórios de projetos e de criação colaborativa (livres e on demand, como os “cursos livres” de hoje). Unindo estes dois últimos parágrafos, temos o nosso Blended Learning emergente. 

Ampliando a nossa reflexão e deixando a condição restrita de educadores para a condição ampla de seres humanos, há quem se preocupe com o desemprego em massa em tempos de robotização e machine learning. Quem nunca ouviu a máxima “quem muito trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro”? Transporto a ideia para “quem muito trabalha não tem tempo para criar, refletir, filosofar, alimentar-se de conhecimento e desenvolver sabedoria”. De Masi foi feliz em sua reflexão sobre o potencial do ócio criativo. Por que então subestimar a inteligência e a capacidade criativa humanas, justo quando poderemos usufruir do “ócio”? Sem a ocupação operacional, a mente humana estaria livre, desde que suprida de suas necessidades básicas conforme Maslow, para evoluir no pensamento não apenas exponencialmente; poderemos, enfim, dar saltos quânticos e superar esta adolescência tecnológica e social sistêmicas.

Poderemos, enfim, acessar todo o potencial do cérebro humano (hardware) e progredirmos para além da nossa própria machine learning, acessando uma mente infinita?

Esta discussão deixou de ser pragmática e passou a surreal, eu sei. Mas, não será esta a abertura necessária para nos tornarmos aptos a competir e superar as máquinas no futuro emergente? Quem tem medo dos próprios limites? Quem está aberto para se habilitar ao desafio da 5a. Revolução Industrial-Tecnológica-Social e… Humana? 

Leonardo Lopes

Learning Intelligence Design: Estratégias inovadoras para desenvolver as competências do Século XXI.

6 a

Informação ou conhecimento? Conhecimento se adquire ou se constrói? O que tem do professor e da escola nessas perguntas?

Juliana Dauricio

Especialista em EaD e Educação Corporativa | Escritora e Entusiasta de IA e Transformação digital | Palestrante | Docente de Gestão de projetos e Transformação digital

6 a

Dani, certamente tudo muda e muito rápido. Os papéis que exercemos ganha outra conotação de competências e habilidades. Estas muito mais voltadas a, neste momento, criar processos educacionais mais estruturados tecnologicamente, que possibilitem o aprendizado. Este último, se refere principalmente ao aprendizado de máquina, para que possa estabelecer as conexões, critérios e categorias que viabilizem uma nova forma de construção de informações para o desenvolvimento do conhecimento. A educação será muito mais ampla, não limitando-se mais a um momento em que saio de casa e fico voltado aos estudos. Hoje nem é assim que acontece! As crianças, adolescentes e adultos, vão para a escola não necessariamente pela informação que receberão, e muito mais, em última análise, pela interação. Seja com o professor, com o colega. Daí inicia-se o processo de aprendizagem. Das experiências. E o ambiente escolar é uma experiência que dá a oportunidade de conviver com outras fontes de comunicação e aprendizagem. Tudo mudará! Mesmo a experiência escolar. O que não deveria mudar são as relações humanas, em que até num contexto super tecnológico implica em saber mais de si, do seu eu e de como são importantes essas experiências. Além destes aspectos, o perfil que muda não é só o do aluno, mas como citado, de todos os envolvidos e principalmente, dos meios em que se realizarão. São desafios, particularmente deliciosos de conhecer, os que temos pela frente!

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