+15 Anos fora com Chico Mello | Relacionamentos
Meu Pai falava "Você só vai namorar depois que terminar a faculdade" - Meus amigos falavam "O Chiquinho não pede as moças em namoro, mas em casamento".
Pois é, eu vi meu pai contando com muito orgulho que ele se casou com 23 anos, e que teve 2 filhos ainda com 26 anos. Como "filho de peixe peixinho é", eu achava que casar cedo e ter filhos era a coisa mais legal do mundo. Por um lado, na sociedade que vivemos hoje, ele deixou um legado, mas por outro, eu tentei fazer aquilo que ele fez e quando possível tentava pular algumas etapas, e isso influenciou e muito na minha vida, tanto pessoal como profissional. Graças a Deus, Ele, o Deus, escreve certo por linhas tortas, e tudo aquilo que fazemos, de um modo ou de outro, dá certo.
Quando eu tinha 25 anos já tinha sido noivo duas vezes, obviamente com duas mulheres diferentes em períodos distintos. Mas, eu começei a trabalhar aos 14 anos, já contei isso no meu primeiro artigo aqui, mas foi aos 19 anos que entrei na Renault, e mesmo fazendo faculdade e trabalhando ao mesmo tempo, eu achava que já estava na hora de pensar em constituir família. Escrevendo essa parte da minha vida penso agora "Será que a Delorean a venda no ebay funciona mesmo?" 😉 Piada a parte, eu não faria muita coisa diferente, mas em tempos diferentes.
Claro que não vou falar das minhas ex-noivas, tanto já fiz isso no meu livro Villa Gella, mas não se preocupem, não tem nada de mais lá sobre elas, "non sono mica scemo" - Não sou um idiota de falar mal de ex- muito e menos ainda de falar bem -😆- mas o fato de ter sido noivo duas vezes antes de completar 25 anos me fez refletir "graças" a morte do meu pai, onde eu estava e o que eu queria e como agir dali para frente. Por um outro lado, ter um compromisso sério me ajudou a me tornar uma pessoa de princípios, pois quando eu trabalhava, era pensando em fazer carreira, em contruir familia, etc. Isso obviamente não impediu meus erros, mas me deixou longe de pessoas que só queriam sair para fazer "festa" e ter relacionamentos passageiros, senão diários. Foi parecido com o Basket, pois começei a treinar diariamente aos 14 anos, e só parei aos 22 anos, de consequência, treinando todos os dia das 18:00 horas até as 22:00 me livrou das mesmas situações descritas acima, e eu ainda frequentava igreja nos finais de semana, assim como fazia meu pai e mãe quando jovens.
Então, depois de 2 noivados, e sem meu pai perto para me orientar, resolvi largar tudo para finalmente escolher algo pensando em mim. Desta forma, eu resolvi ir para a Itália fazer a minha cidadania italiana (também já descrita em partes o meu primeiro artigo), mas nesse meio termo, entrei em contato com a minha esposa, a Paola, que naquele momento me convidou para tomar um café no parque Barigui, em Curitiba, mas foi próprio pensando no meu passado e onde eu queria estar, que não fui ao encontro, pois a probabilidade de eu me apaixonar e desistir da viagem para Itália era alta, e se você perguntar aos meus amigos, dirão que era certeza. Aí entra outra frase famosa do seu Chico, meu pai:
"Se um não quer, dois não fazem" - Chicão
Finalmente consegui pensar a longo prazo, e agir de consequência, mas o fato de não encontrado a Paola no parque não permitiu que eu não me apaixonasse por ela, no final daquele mesmo ano nos encontramos pela primeira vez em Milão, Itália e começamos um relacionamento a distância, que teve sua vantagens e desvantages, pois eu me dedicava integralmente ao meu trabalho e no momento certo, trouxe ela para a minha realidade, podendo dar atenção merecida a ela, e ao meu trabalho. Agora me veio em mente um versículo do livro de Jeremias 17:9 onde ele fala "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" - Muito atual nos dias em que vemos guerras e homens gananciosos atrás somente de poder e controle, mas também um versículo muito íntimo, que mostra a nossa natureza humana, igualmente perigosa dentro dos relacionamentos humanos.
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Onde quero chegar? Quando estamos apaixanados, as vezes tentando fugir de um relacionamento com pressa de entrar em outro para esquecer os problemas e as dificuldades do relacionamento anterior, deixamos de pensar em nós mesmos a longo prazo. Deixamos em segundo plano a qualidade do nosso trabalho e de outros relacionamentos com amigos e parentes. Nesses mais de 27 anos de experiência profissional eu conheci muita gente que fez igual ou "mais" do que eu, mas que não teve a mesma sorte. Conheci pessoas e casais que queriam tanto aquele relacionamento, que no final só fez mal, que criou traumas e por aí vaí. Não sou psicólogo, logo, paro por aqui. Creio também que todos deve tentar a felicidade, mas, primeiramente sendo feliz como indivíduo, escolhendo ser feliz, pois felicidade não é um sentimento, mas uma decisão.
Se posso me dar o luxo de dar um conselho, lá vai:
Depois de 15 anos de casado eu aprendi que foi bom dar atenção especial a base da minha profissão antes de me casar ou ter filhos. Saber dizer não aos prazeres, mas também ao excesso de trabalho, criar "my own life balance" meu próprio equilíbrio de vida e evitar trabalhar 14 horas por dia, como já fiz no passado, e de consequência ter que tomar remédio para pressão alta. Começe com o simples, é o melhor, sempre.
Para terminar, as prioridades. Sabe aquela coisa do "não tenho tempo"? "BULLSHIT" Besteira - até a bíblia dá as orientações bem claras, e se você não acredita em Deus, sem problemas, coloque sua família antes do seu trabalho e verá os resultados. Quem tiver curiosidade dá um "google" em prioridades segundo a bíblia que verás os versículos que falam sobre o tema.
Resumindo: Não deixe que seus relacionamentos afetivos atrapalhe as escolhas que irão determinar que você é e será, mas quando você escolher quem será a pessoa que passará o resto da vida com você, dê seu melhor para ela.
Frase da Semana "Se um não quer, dois não fazem" - Chicão