Remedio para Salvar a Republica.
Julio Ferreira
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Por , Júlio Ferreira-Austin -Texas
Num pais serio não há incompatibilidade qualquer entre o respeito às diferentes formas de independência e os interesses de uma união permanente . A distinção, estará na maior ou menor grandeza de uma visão política.
Uma visão burra como a de hoje 2024 , por exemplo, não une pelas diferenças - antes, desintegra interesses, pela ditadura das padronizações inconseqüentes.
A República pode substituir, com vantagens qualquer monarquia constitucional esclarecida. Basta que os homens de Estado, tragam em suas formações cívicas, morais e espirituais, as "Virtudes Republicanas". O Presidente não será uma "excelência", mas o "Cidadão Presidente"...
O tempo passou, as virtudes da simplicidade, do desapego à ostentação, a consciência límpida de não ser o Estado, mas o de estar provisoriamente nele, por deferência ao Bem Público, desapareceram no Brasil .
A monarquia unitarista, escravagista, de sangue azul emprestado, foi trocada, sem anular seus piores defeitos e sem manter seus melhores exemplos.
A República exige civilidade, civilismo e civismo. Estamos muito longe disso. Federação, abriga sujeição inarredável a princípios de respeito às diferenças determinadas pela história e pela geografia, resultando num sistema de forças desiguais, alavancando uma união proveitosa para todos seus componentes.
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Federação exige responsabilidades concentradas em unidades autônomas e harmônicas entre si. Federação, é como uma sociedade matrimonial bem feita - como dizia o psiquiatra Jung: "onde o amor comanda, não há desejo de poder; onde o poder predomina, falta o amor. Um é a sombra do outro".
Assim, quando decidiram pelo Povo, fazer os Estados Unidos do Brasil, esqueceram-se de que não havíamos educado gente para a grandiosa tarefa. Vivemos a ilusão alegre de uma possível vitória sobre um possível despotismo. Caímos como patinhos, na anarquia e na selvageria.
Chegamos até aqui, graças ao talento político de poucos, a custa de milhões de sepulturas.
Precisamos, como à época de Nilo Peçanha, de uma "Reação Republicana". E, se ainda possível, reviver as vigas-mestras de seu lema ao subir à presidência: "Paz e Amor!". Indagado sobre o significado deste lema, assumido pelos jovens rebeldes do mundo muitos anos depois, ele foi enfático, ao responder: "Sim, paz e amor porque, onde existe afeto, existe compreensão." Eis o remédio legitimo para salvar a República . Essa e a razão maior das diferenças confederativas, que merecem ser respeitadas.
Julio Ferreira – USA www.bbconnect.us