Repactuar e educar

Repactuar e educar

O Brasil está à beira da exaustão. Precisamos de uma reforma urgente. E não digo apenas no que está relacionado à nossa economia, com a taxa de desemprego passeando entre os 13%. 

Estamos vivenciando perplexos um caos resultante de um modelo de gestão imediatista que se arrastou durante anos e que não nos saiu nada barato. A grave crise do sistema penitenciário do Brasil, os horríveis massacres, a pressão pela ameaça de greve da Polícia Militar em alguns estados: esses e, infelizmente, outros eventos que virão são sintomas de uma doença que tomou nosso país e que nos impede de ir em frente.

O momento é de incertezas. Não só para instituições públicas ou privadas, mas também para nós, como cidadãos. É preciso muito mais do que resiliência. É preciso ação.

Vamos ter que repactuar com a sociedade o que queremos. Como já trazia em um artigo do início de 2016, a lista de decisões que comprometem o futuro do nosso país ainda nos aguarda: a corrupção endêmica, o tamanho do Estado muito acima do aceitável, o modelo empregatício do setor público que foca na estabilidade em detrimento da equação meritocracia-inovação, a restrição à competição, direitos especiais para alguns, indexação da economia penalizando muitos, partidos políticos sem ideologia e criados para ter acesso ao fundo partidário, execução equivocada dos investimentos públicos, entre muitos outros. Chega de achar que se pode levar vantagem em tudo. Se não acabarmos com esse modelo em que todos acham que têm mais direitos do que deveres com a sociedade, vamos quebrar o Brasil.

Quero aqui trazer à tona a responsabilidade do setor privado. Como líderes, precisamos nos unir, fazer um "merge" de muitas iniciativas de debate sobre o futuro do nosso país e termos uma posição clara e transparente para apresentar à nação. Somos parte de um sistema que se retroalimenta de alguns direitos especiais e que, portanto, se acomoda aguardando que mudanças venham a acontecer. Parece difícil acreditar que algo bom venha deste modelo atual... Por isso, nossa omissão é inaceitável.

Por fim, mas o mais importante. O Estado Brasileiro precisa entender melhor a importância da educação. Não podemos mais ser coniventes com a banalização dos investimentos nessa área. Este tema, porém, deixo para debater em próximo artigo.

Ronaldo Libânio

Ex-Pesquisador na Universidade Federal de Lavras

7 a

Parabéns pelo artigo!

Adriano Sousa

Encarregado Civil na JME Construtora e Serviços LTDA.

7 a

"Repactuar e educar".....milhares de políticos e empresários do brasil!!!

Cris Meinberg

Relação Institucional e Comunicação FORMARE - Fundação Iochpe

7 a

gostei muito ótimo artigo!

Roberto Thiele

Entrepreneur, Advisor, Consultant

7 a

muito bom seu artigo... estou à disposição para ajudar, seja aqui pelo Rio ou ai em Sao Paulo. temos que fazer mais do que já fazemos!

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