Resiliência no trabalho e na vida: como lidar com as adversidades de forma mais saudável?
“Quando a situação for boa, desfrute-a. Quando a situação for ruim, transforme-a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se.” Victor Frankl
Resiliência é uma palavra muito dita, mas que acredito não ser completamente compreendida. Existem diversos estudos e conceitos sobre o tema, mas a maioria deles traz algo em comum na hora de definir o que é resiliência: ser resiliente não se trata de ficar firme em situações de adversidade. Ao contrário: resiliência é sobre estar flexível e sensível para se adaptar e a superar os desafios, mantendo a sua saúde mental e física, sem ignorar o problema e buscando soluções criativas.
A Associação Americana de Psicologia define resiliência como o processo de adaptação bem sucedida a situações adversas, traumáticas, trágicas ou às fontes significativas de estresse a que muitos de nós estamos expostos diariamente. Somos resilientes à medida que conseguirmos utilizar mecanismos positivos para nos fortalecermos a partir de uma experiência ou evento adverso, aprendendo e crescendo com isso.
No contexto do trabalho, a resiliência pode ser entendida como a capacidade que cada profissional têm de se recuperar depois de uma falha ou conflito, ou até mesmo no caso de oportunidades positivas que envolvam progresso na carreira ou maior responsabilidade. Novas demandas podem ser vistas como adversas em um primeiro momento, por isso, a resiliência é importante para que possamos crescer de forma saudável e sustentável enquanto profissionais (e pessoas).
A resiliência tem um componente pessoal muito forte. Primeiro porque o que eu classifico como adverso, pode não ter o mesmo efeito para você. Depois, porque cada um de nós terá uma forma de lidar com situações difíceis a partir de suas próprias vivências e ferramentas. Por isso, não existe um passo a passo para a resiliência. Ser resiliente é um processo dinâmico e é um movimento que precisa partir de cada um de nós.
Acredito que a resiliência não é passiva. É preciso ser ativo no processo de reconhecer as necessidades e quais são as medidas proativas e reativas devemos tomar diante de um problema, reconhecendo sempre que os contratempos podem impulsionar mudanças positivas, permitindo que possamos usar nossa energia e recursos para criar um novo (e melhorado) ponto de equilíbrio.
Vale a pena traçar este caminho: diversos estudos mostram que a resiliência está intimamente relacionada com a saúde mental e física, evitando doenças psicossomáticas, como gastrite, insônia e úlceras, além de permitir a manutenção de um estado geral de bem-estar. Uma boa notícia é que, como a maioria das habilidades, é possível desenvolver resiliência ao longo da vida.
Não existe uma fórmula mágica para nos tornarmos resilientes, já que este processo depende dos recursos de cada um, mas acredito que uma boa forma de começar é encarar as mudanças como uma oportunidade para crescer, acreditar na sua competência, não ter medo de pedir ajuda ao colegas quando necessário e desenvolver uma abordagem criativa. Assim, conseguimos ser resilientes o suficiente para encontrar soluções inovadoras e manter nosso local de trabalho e nossas relações saudáveis, mesmo em períodos turbulentos.
Você se considera uma pessoa resiliente? Como você costuma agir em situações adversas? Fique à vontade para compartilhar comigo nos comentários. Vou adorar saber mais sobre você. :)