Resolução de conflitos

Resolução de conflitos

A resolução de conflitos parte do esforço por construir uma parceria colaborativa entre as partes visando ações no momento presente que consolidem um futuro promissor no relacionamento interpessoal, ou decisões que afetem a estabilidade de uma equipe/organização.

Na resolução de conflitos, existem erros comuns que podem prejudicar o processo. Vamos explorar alguns deles, de acordo com Dudley Weeks:

1.     Evitar os conflitos: Muitas pessoas cometem o erro de evitar resolver os problemas completamente. Enfrentar o conflito pode ser menos estressante do que evitá-lo, mesmo que pareça difícil no momento. Evitar a resolução de conflitos pode levar a mais problemas no futuro e aumentar o estresse e o ressentimento.

2.     Ser defensivo: Estar sempre na defensiva é outro erro comum. Em vez de ouvir e entender o ponto de vista do outro, algumas pessoas se fecham e se defendem automaticamente. Isso dificulta a comunicação e a busca por soluções eficazes.

3.     Focar no passado: Reviver conflitos antigos ou trazer à tona erros passados pode atrapalhar a resolução atual. É importante concentrar-se no presente e nas soluções, em vez de ficar preso em questões passadas.

4.     Não ouvir ativamente: A falta de escuta ativa é um erro grave. Quando não prestamos atenção ao que o outro está dizendo, perdemos informações importantes e não conseguimos encontrar uma solução mútua.

5.     Não buscar soluções criativas: Algumas pessoas ficam presas em soluções rígidas e inflexíveis. É importante ser criativo e pensar fora da caixa para encontrar alternativas que beneficiem ambas as partes.

Que passos se recomendam para procurar soluções que consolidem o bem compartilhado?

1.  Criar atmosfera colaborativa, soluções que fortaleçam o presente e ações de agora que aprimoram a colaboração futura;

2 Esclarecer em detalhe as percepções de cada lado com absoluta claridade desde o início do conflito. O que não está resolvido? O que cada um espera do outro? Simplesmente conhecer as percepções subjetivas;

3. Conseguir que cada um defina quais são as necessidades individuais que repercutem no conflito, definir separadamente quais são as necessidades reais compartilhadas que levam ao bem do empreendimento (bem comum). Convém que haja entendimento das diferenças de entendimento de cada lado. Distinguir o que são necessidades dos desejos e aspirações de cada um dos lados. Os desejos podem extrapolar o que de fato são necessidades individuais e necessidades para o bem do empreendimento.

4. Procurar pôr-se de acordo em que é possível construir uma agenda positiva para fortalecer as metas que são de bem comum da organização/relacionamento. Procurar que as decisões tomadas no presente não desgastem o futuro, mas construam um novo relacionamento compartilhado. Buscar uma solução mutuamente benéfica;

5. Olhar para o futuro com ações que o construam, ou viabilizem a construção deste futuro, tirar lições do início do conflito (passado).

6 Gerar opções em conjunto para a construção de novos cenários positivos. Abrir-se ao outro e não impor as próprias soluções como únicas e atender o bem do relacionamento futuro para bem da organização;

7 Desenvolver ações viáveis e construtivas do presente para o futuro que atendem as necessidades compartilhadas e necessidades individuais;

8 Fazer uma agenda de acordo de benefícios mútuos.

Exemplo: Vamos supor que dois colegas de trabalho estão em desacordo sobre como lidar com um projeto.

Eles estão discutindo há algum tempo e não conseguem chegar a um acordo. Eles decidem usar a Resolução de Conflitos de Dudley Weeks para ajudá-los a resolver o problema.

  1. Compreensão mútua: Cada colega explica sua perspectiva sobre o projeto e o que eles esperam alcançar.
  2. Foco no futuro: Eles concordam em se concentrar em soluções que atendam às necessidades de ambas as partes.
  3. Compromisso: Eles se comprometem a trabalhar juntos para encontrar uma solução mutuamente benéfica.
  4. Autorresponsabilidade: Cada colega assume a responsabilidade por suas próprias ações e palavras.
  5. Cooperação: Eles trabalham juntos para encontrar uma solução que atenda às necessidades de ambas as partes.
  6. Criatividade: Eles são criativos na busca de soluções e consideram várias opções.
  7. Ação: Eles concordam com uma solução e agem para implementá-la.
  8. Revisão: Eles revisam o progresso e fazem ajustes, se necessário.

Paulo Sertek

Josbertini Clementino

Especialista e Consultor em RelGov l Gestão de Projetos e Stakeholders l Políticas Públicas l Consultoria em Relações Institucionais e Governamentais l Conselheiro de Administração IBGC l Regulatório l Advocacy

11 m

Muito bom Paulo Sertek Dr.! Parabéns pelo artigo

Robson Faria

Professor na Universidade do Contestado - UnC

11 m

Excelente texto

Edilson Marques P.

Gerente de operações de manufatura na Estek

11 m

Parabéns mestre! Muito bom texto, ajuda muito na capacidade de negociação dos processos e colaboradores!

Rodrigo Costa

Gestor de TI e Professor

11 m

Excelente!

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