A responsabilidade humana diante das tragédias ambientais #14

A responsabilidade humana diante das tragédias ambientais #14

Em meio a tanta tragédia, crises ambientais e tristeza, acho que seria difícil escrever sobre outro assunto que não a grave situação do Rio Grande do Sul no artigo desta semana.

Considerado o maior desastre climático do estado, as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas foram devastadoras, mas elas não são o único motivo das enchentes.

As mudanças climáticas são alterações no clima do planeta provocadas, principalmente, por ações humanas que liberam gases do efeito estufa que retêm o calor e elevam ainda mais as temperaturas da Terra, atuando como uma camada ao redor do planeta.

Essas chuvas atípicas são consequências das mudanças climáticas, que se intensificam com o aumento contínuo da queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo, gás natural e queimadas ilegais, entre outras atividades. Ao contrário do que muitos acreditam, enchentes dessa magnitude não são causadas por “pequenas” ações humanas como a obstrução de bueiros ou o descarte inadequado de lixo. A questão é muito maior. Claro, as pequenas ações e a mudança de mentalidade podem impactar o todo, mas a problemática vai muito além.

Diante desse cenário, podemos usar a tecnologia e a ciência a nosso favor. Há menos de um ano, o Rio Grande do Sul sofreu com enchentes severas que deixaram um rastro de destruição, tristeza e morte, mas foi ignorado. Este ano, a situação está ainda pior e poderia ter sido diferente se os dados científicos tivessem sido considerados, políticas tivessem sido elaboradas e iniciativas de mitigação de riscos tivessem sido implementadas.

Infelizmente, esta não foi a realidade. 

Precisamos reconstruir sob outras premissas, partindo dos cenários climáticos extremos em que nos encontramos agora. Não podemos ignorar a realidade. A mudança climática não pode mais ser tratada como um “selo verde” exibido quando o Brasil participa de congressos internacionais. Claro que precisamos desse debate mundial como primeiro ponto, mas a situação vai muito além disso. Precisamos de ações concretas e coerentes, direcionando recursos e políticas para essa situação. Caso contrário, esse cenário vai se tornar regra, e não exceção.


Em momentos de crise, a solidariedade e cooperação se tornam indispensáveis, dessa maneira, incentivo a importância da doação para o Rio Grande do Sul, nas mais diversas possibilidades.

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