Resultados da Nvidia surpreendem e desencadeia rally de empresas de tecnologia ao Redor do Mundo

As expectativas superiores às antecipadas relativas às vendas da Nvidia impulsionaram os mercados globais, evidenciando o otimismo crescente em relação ao setor de inteligência artificial. Esse fenômeno contribuiu para uma leve retratação no índice dólar. O futuro do Nasdaq observou um incremento aproximado de 2% na esteira do anúncio da Nvidia, que projetou receitas para o primeiro trimestre na ordem de US$ 24 bilhões, superando as previsões que giravam em torno de US$ 22 bilhões. Tal otimismo em relação à Nvidia conseguiu eclipsar a postura mais severa adotada na última ata do Federal Reserve, que revelou preocupações acerca da prematura redução das taxas de juros.

No mercado europeu, o índice Stoxx 600 caminha para atingir níveis recordes, impulsionado pela euforia no setor tecnológico, com destaque para a ASML, o principal fabricante europeu de semicondutores, que viu suas ações ascenderem cerca de 4%. O STOXX 50, por sua vez, avançou mais de 1%, alcançando um patamar sem precedentes em 23 anos, refletindo o otimismo dos investidores diante de atualizações corporativas significativas e dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI), que sinalizam uma desaceleração menos intensa do que o esperado na atividade do setor privado da Zona do Euro.

Ainda sobre a Zona do Euro, observou-se uma redução nos índices de preços ao consumidor de 0,4% em uma base mensal em janeiro de 2024, sucedendo um incremento de 0,2% registrado em dezembro, influenciado negativamente pelos decréscimos nos setores de serviços (-0,1%) e bens industriais não relacionados à energia (-2,4%). CPI sobe 2,8% na comparação anual em janeiro, dado vem dentro da estimativa dos analistas; ante dezembro, inflação recua 0,4%. Núcleo sobe 3,3% na comparação anual de janeiro. PMI Composto (S&P Global) sobe de 47,9 pontos em janeiro para 48,9 em fevereiro, maior nível em oito meses. Resultado superou a expectativa dos analistas que esperavam aumento para 48,4 pontos neste mês.

No mercado asiático, O Índice Nikkei 225 experimentou uma vigorosa ascensão, ultrapassando assim o pico histórico anteriormente alcançado durante a bolha de 1989 no Japão, com as ações de tecnologia na vanguarda. O entusiasmo em torno da inteligência artificial e tecnologias correlatas, conjuntamente com os sólidos lucros corporativos domésticos, uma perspectiva robusta para os exportadores em meio à desvalorização do iene e a recusa do Banco do Japão em elevar as taxas de juros, igualmente contribuíram para a euforia no mercado japonês. Ademais, dados preliminares indicaram que a atividade do setor privado no Japão arrefeceu em fevereiro, com uma desaceleração no crescimento do setor de serviços e uma contração adicional na atividade manufatureira.

No Brasil, a economia demonstra sinais surpreendentes de vigor, com as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 começando a alinhar-se às expectativas do governo de um crescimento de 2,2%. Esta revisão ascendente das projeções de crescimento econômico, pela quarta vez consecutiva, reflete um otimismo renovado, com estimativas atuais apontando para uma expansão de cerca de 1,6% este ano, conforme a mediana do Boletim Focus do Banco Central, tendendo a convergir para os 2,2% projetados pelo Ministério da Fazenda.

Os rendimentos dos treasuries mostraram estabilidade, sucedendo uma liquidação que incrementou o rendimento dos títulos de 10 anos em cinco pontos-base na última quarta-feira; concomitantemente, o índice dólar prosseguiu em sua trajetória descendente. No mercado de commodities, observou-se uma modesta valorização do petróleo, motivada por indicativos de um mercado mais restrito, contrapondo as apreensões atinentes à demanda enfraquecida. O cobre avançou pelo terceiro dia consecutivo, amparado pelo otimismo gerado pelo apoio da China aos seus mercados internos. Paralelamente, o contrato futuro do minério de ferro em Cingapura registrou uma ligeira elevação, rondando os US$ 119,60 por tonelada, após um período de declínio.

Agenda Brasil:

10h00 – Sondagem Industrial – CNI

11h30 – leilão de NTN-F & LTN – Tesouro Nacional 

Agenda Internacional:

05h30 – ALE: PMI Composite – Markit

06h00 – Zona do Euro: PMI Composite – Markit

07h00 – Zona do Euro: CPI (Jan/24) – Eurostat

10h00 – EUA: Índice de Atividade Nacional – Federal Reserve

11h45 – EUA: PMI Composite – Markit

12h00 – EUA: Estoque de Petróleo Bruto – DOE

15h00 até 21h35 – EUA: Discursos de Membros do Federal Reserve

22h30 – CHI: Preços de Novas Residências