Resultados, Performance e Metas Econômico-Financeiras - Programa de Formação e Certificação de Conselheiros da #Boardacademy BR

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Uma pergunta permanente na agenda das empresas frente ao cenário extremamente competitivo é: Estamos no caminho certo? Responder esta pergunta simples não é fácil, pelo contrário é extremamente desafiador para as empresas, seus executivos e conselheiros responder a esta questão pois envolve diversos aspectos do dia a dia.

Vivemos hoje em um ambiente cada vez mais incerto, competitivo e extremamente volátil o que torna a tomada de decisão mais difícil.

Neste cenário é fundamental as empresas terem metas e objetivos econômico-financeiros para ter um “norte” a ser seguido, hoje em dia não adianta mais ter somente uma “bussola”, graças a tecnologia disponível as empresas precisam tem “GPS” inteligentes, onde a qualquer mudança de rota um novo caminho precisa ser reprogramado.

Reflexões do passado são importantes (retrovisor), mas o foco deve estar no presente e principalmente no futuro, e como dirigir um carro o "para-brisas é grande para você avaliar o momento e ter uma visão do que está na frente.

A partir da premissa acima e fundamental para as empresas, executivos e seus conselheiros definir e acompanhar as performance e metas econômico-financeiras através de indicadores chaves para avaliação da sua performance.

 

A citação “ Não se gerencia o que não se mede , não se mede o que não se define , não se define o que não se entende , e não há sucesso no que não se gerencia” de William Edwards Deming é a tradução mais clara e transparente para a gestão das empresas , deveria ser um “mantra” diário para todos os colaboradores da empresa uma vez que por trás desta frase existe uma reflexão diária do dia a dia das empresas com relação a produtos e serviços produzidos e comercializados por ela .

 

É Inegável que avaliação dos resultados , performance e metas econômico-financeiras faz parte da agenda dos conselhos de administração da empresa , mas no meu ponto de vista este “valores” devem ser permeados para todos os funcionários da empresa , cada colaborador precisa entender a importância e valorização do seu trabalho dentro da cadeia produtiva , isso sem duvida nenhuma vai gerar uma vantagem competitiva em relação a concorrência , pois a mente sempre vai estar aberta a avaliar a sua performance e o resultado conseguido e se perguntando frequentemente o que posso fazer para tornar o processo mais simples , mais barato , com mais qualidade , etc...

 

 

Trazendo esta preocupação de avaliação dos Resultados, Performance e metas econômico-financeiras para a realidade dos conselheiros podemos resumir no mínimo 6 atividades chaves a saber:

1.     Avaliação dos resultados da empresa – Esta atividade consiste em mensalmente analisar os números (Receitas & Despesas) para garantir as ações que estão dando certo e propor novas ações para correção do rumo.

2.     Avaliação da rentabilidade sobre o capital investido – Nenhum investidor vai aceitar a ter o seu capital investido caso o resultado seja inferior a remuneração deste mesmo capital aplicado no mercado financeiro, o risco do negócio exige que a remuneração seja maior.

3.     Avaliação da lucratividade – A palavra-chave neste caso é fazer mais com menos, economia de escala, sempre estar com disposição para conhecer novos processos e métodos de produção

4.     Avaliação das decisões de investimento e financiamento – É extremamente fundamental que as decisões de investimento / financiamento estejam alinhadas com o fluxo de caixa da empresa garantindo a perpetuidade da operação, as vezes é melhor crescer pouco e consistente do que crescer rápido sem uma sustentação e na sequência não ter como mantes os investimentos frutos de uma decisão errada no passado.

5.     Avaliação do risco de liquidez – existem várias formas de avaliação de uma empresa, visão contábil, visão financeira e visão econômica, mas uma empresa sadia precisa ter liquidez confortável para poder aproveitar momentos específicos do mercado ou conseguir atravessar por uma crise econômica (Crise mundial por causa da covid-19)

6.     Fiscalizar a consistência da execução da estratégia – Por último, porém não menos importante a fiscalização do que que foi definido está sendo executado é fator crítico de sucesso da empresa, a fiscalização deve estar no “DNA” dos conselheiros, eles são os olhos dos acionistas e tem papel extremamente relevante nesta atividade.


Citações como as do IBGC “O Conselho de Administração é o órgão central da Governança Corporativa e responsável, dentre outros aspectos, pelo direcionamento estratégico de uma organização.” e da CVM: “O conselho de administração deve atuar de forma a proteger o patrimônio da companhia, perseguir a consecução de seu objeto social e orientar a diretoria a fim de maximizar o retorno do investimento, agregando valor ao empreendimento.” Reforçam ainda mais as 6 atividades chaves citadas acima.


Segundo a Bain Company existem 7 Hábitos que um Conselho eficaz deve praticar, a saber:

 

1.     Assumir as Rédeas da Estratégia – Faz parte de um conselho eficiente não ser omisso ou não estar à frente das decisões estratégicas, pelo contrário deve assumir as rédeas cobrando os executivos e propondo alternativas quando os resultados forem diferentes do planejado.

2.     Montar a equipe executiva de Ponta – Um conselho atuante deve ter em mente a construção e manutenção de uma equipe executiva capaz e preparada para atuar conforme planejado, não podendo ser cumplice ou complacente com executivos que não estão preparados, neste caso a substituição tem que ser rápida e cirúrgica.

3.     Atrelar Remuneração a resultados – Saber repartir de forma justa os resultados da empresa, bem como definir uma remuneração equilibrada aos executivos é essencial, todos devem participar dos resultados positivos e esta ação deve ser comemorada de forma efusiva gerando cada vez mais engajamento de todos.

4.     Garantir viabilidade Financeira – Receitas (em alta) x Despesas (sob controle) devem ser o mantra dos conselheiros, sem viabilidade econômica o ciclo de vida das empresas fica comprometido, quando maior for o controle desta equação maior será a perpetuidade da empresa no mercado.

5.     Casar Risco com Retorno – Há história não lembra dos covardes! É preciso coragem para assumir riscos, novos mercados, produtos etc., é vital estar aberto e com visão de futuro para novas oportunidades que tenham retorno para a empresa.

6.     Administrar a Reputação da Empresa – “Não basta ser honesto, é preciso mostrar a sua honestidade”, administre a reputação da empresa de forma incansável, existem dezenas de casos que poderiam ser citados aqui que levaram ao fechamento das empresas porque não administraram a reputação da Empresa, transparência e punição aos envolvidos, o mercado exige, para prosperar não basta o desempenho financeiro, é preciso ter uma reputação que o mercado reconheça e tenha admiração.

7.     Implantar bons processo de Conselho – É de fundamental importância para um conselho ter sucesso que seus processos e papeis estejam bem claros e definidos com relação ao processo decisório e atuação focada , que o conselho possua membros com “facetas” diferentes , comitês de assessoramento dos conselhos é fundamental para complementação de ideias e visões , promover reuniões eficientes e produtivas com todo o apoio necessário para a execução e por fim ter um processo de avaliação de desempenho e sucessão dos conselheiros .

 

 

Para uma reflexão permanente finalizo este artigo com frase de Winston Churchill, ex-primeiro-ministro do Reino Unido:

 

“O PESSIMISTA vê dificuldade em cada oportunidade; o OTIMISTA vê oportunidade em cada dificuldade”.

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