A revitalização dos cursos após os ciclos avaliativos.

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Desde 2004 quando foi criado pelo MEC, o SINAES vem contribuindo para o entendimento dos índices e qualidade obtidos pelas IES no País. As visitas in loco avaliam o funcionamento dos cursos por meio de instrumentos específicos, enquanto o ENADE avalia o conteúdo adquirido no percurso da aprendizagem do aluno. Tais índices, permitem uma abordagem sistêmica e integral da avaliação, servem de balizadores para o MEC acompanhar a performance das IES e de seus cursos.

Na acirrada da disputa de mercado, as IES utilizam seus desempenhos para buscar melhor reputação no meio, já que os índices, gerados pelo Inep e divulgados pelos diversos meios de comunicação, são interpretados pela sociedade como uma forma de “certificação de qualidade” ou não, de cursos e própria IES.

Nesta dinâmica na busca de altos índices, todos ganham, a IES atrai mais alunos pela excelência e os egressos têm a possibilidade de melhores colocações no mercado de trabalho.

De acordo com os últimos dados divulgados pelo MEC em relação ao desempenho do ENADE (2019) dos alunos de Cursos de Medicina no Brasil, percebemos que 13,4% dos cursos obtiveram conceitos 1 e 2; 35,8% conceito 3 e 50,9% conceito 4 e 5.

Observa-se que há um número considerável de índices insuficientes ou medianos, o que de forma direta e inexorável impacta na imagem destes cursos e suas respetivas instituições.

Como o ciclo avaliativo é trienal, então é neste momento que as IES devem repensar suas práticas de gestão e acadêmica para galgar novos patamares. Lançar mão de adequação eu seus projetos acadêmicos e suas práticas avaliativas são o início deste caminho.  Somado a isto, as IES devem compor em suas práxis metodologias ativas de aprendizagem e novos olhares na construção dos currículos, fatores que colaboram como tonificador neste processo.

Alcançar a excelência exige tempo, é um processo longo e contínuo de planejamento, de estratégias, de amadurecimento, de sensibilização e de conscientização de todos os envolvidos, em um esforço mútuo para melhorar a qualidade de ensino.

Mas vejam, todas melhorias e mudanças não se dão e nem ocorrem de um dia para outro, e muitas vezes nem mesmo com o mesmo olhar dos atuais agentes envolvidos. Talvez seja necessária ter uma visão externa e a realização de um planejamento em conjunto de médio e longo prazo, pois ao longo do processo é que se altera o comportamento global de cursos e IES.

Por fim, ao final de cada ciclo avaliativo, os bons resultados irão refletir a qualidade, o amadurecimento e a consolidação do curso e respectivamente da IES. Vamos ao trabalho.

AL/AFJ

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