Rir da vida é viver mais

Rir da vida é viver mais

(Em tempo: revisitando o passado, encontrei vários textinhos fofos de uma ideia que era não de dominar o mundo, mas torná-lo mais leve. Esse é de 2018, mas ainda representa bem o que penso da vida)

Eu tenho um apelido: palhaça! E carregar esse apelido nunca foi muito fácil. Um adjetivo que deveria fazer sorrir, vem, muitas vezes, carregado de julgamentos. A lista é enorme: “Você precisa levar a vida mais a sério! Você ri porque esconde alguma dor! Sabia que sua risada incomoda?”. E pasmem, já ouvi um sonoro “olha, tem uma doença neurológica que a pessoa fica assim, viu?”. Pois é! E não culpo quem disse isso ou aquilo. Nem julgo. Só dou risada. (Não é de deboche, gente!).

Quem me vê fazendo piadinhas, rindo, debochando – uma pausa aqui: na maioria das vezes é de mim mesma! E não me ofendo se quiser debochar também não... aliás, posso te contar várias histórias hilárias para quem precisa de motivo pra tirar sarro de mim – bom, quem me vê assim até pensa que minha vida é toda em cor de rosa, com céu num lindo azul de brigadeiro, com um saldo estratosférico no banco, com um amor perfeito que me acorda com flores e vai me aturar até meus 90. É fácil imaginar o quanto minha vida é tranquila. Mas não é! Aliás, não é mesmo. Nunca tive, para falar a verdade, todos esses itens ai juntos – principalmente a parte da conta no banco e o amor para uma vida inteira. E, chegando na casa dos 40, acredite: não tenho a metade de tudo o que sonhei ter (e não estou falando aqui de nada material!).

Minha vida às vezes até parece um pequeno caos. E em alguns dias, um verdadeiro turbilhão me encara meio que desafiando meu humor. E geralmente quando isso acontece, é a tal da Lei de Murphy: tudo, exatamente tudo dá errado. Acho que o cara lá de cima gosta de me ver remar, remar, remar, e deve rir quando vê me barquinho afundando num dia e inteiro no outro. E por falar em afundar, sabia que eu choro? Que fico triste, que me entrego a um dia cinza por dentro e espero um outro sol nascer pra começar de novo? E quando eu acordo, claro, já faço piadinha: “mas tu é mole, mesmo, hein mulher?”!

Mas então por quê rir tanto? Por que encarar a vida como um grande palco de piadas? Por que ficar tirando sarro da minha própria pessoinha? Falando sério? A vida já é difícil demais para ser encarada com um fardo. E rir ajuda a fortalecer o abdômen sabia? Só olhar minha barriguinha de tanquinho. (Xi, escrevei alí que ia falar sério, né?) Bom... li alguma vez que cada risada boa que você dá, você prolonga sua vida em mais 1 minuto. E fazendo as contas aqui, vou passar de Matusalém fácil.

Se seu dia está cinza, ficar olhando vídeos engraçados no youtube não vai te ajudar a resolver os pepinos, mas certamente vai fazer você pensar com mais leveza nessa grande salada diária de problemas que a vida te serve todos os dias. E se precisar rir, me chame! Sabe aquelas piadinhas dos pontinhos? Sei várias!

Luciana Modesto

Jornalista, mãe, gosta de separar o que é reciclável e de colecionar corujas. E vai rir da mesma piada um zilhão de vezes.  

Alex Marcel Melotto

Diretor executivo da Fundação MS | 2024 Scholarship na Nuffield Farming Scholarships Trust

4 a

Estava com saudades de vc aqui no In! À propósito, Lu: vc eh muito palhaça viu!!

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos