Rumo a Compostela no Caminho da fé
Uma rota de fé, persistência, fraternidade e de superação dos próprios limites. Tudo isso e muito mais faz parte do conhecido Caminho de Santiago, um trajeto de peregrinação existente há mais de 11 séculos que atrai anualmente milhares de pessoas de várias partes do mundo até a cidade espanhola de Santiago de Compostela. Um dos peregrinos a terem feito semelhante caminhada de 800km é o jornalista carioca Hélio de Araújo, que vai inaugurar nesta quarta-feira, a partir das 18h30m, na Sala José do Patrocínio, na Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, a exposição fotográfica “Caminho Francês de Santiago de Compostela: 820 km de alegria, fé e encantamento”.
A mostra estará aberta à visitação pública até o dia 24 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10 às 20h. A entrada é franca. Como informa o título, Araújo percorreu, a pé, ao longo de 31 dias, entre 1 de setembro e 1 de outubro de 2017, os 820km entre a cidade francesa de Saint-Jean-Pied-de-Port e Santiago de Compostela, na Espanha. Para que se tenha uma ideia dessa distância, o percurso entre o Rio e Curitiba mede 850km, pela BR 116. A grosso modo é como se Hélio tivesse caminhado entre a capital fluminense e a do Paraná.
De acordo com o Escritório dos Peregrinos, órgão que cuida do atendimento aos caminhantes em Compostela, somente no ano passado, 301.036 pessoas, incluindo 5.113 brasileiros, receberam a Compostelana, uma espécie de certificado da realização de tal peregrinação. Seja ela a pé, a cavalo ou de bicicleta. Durante o mês de peregrinação, Araújo não deixou de lado a vocação jornalística. Mas foi registrando imagens da natureza, dos símbolos religiosos, das construções milenares, das setas amarelas – que indicam o caminho a ser seguido – e inúmeras outras belezas das cidades e vilarejos pelos quais passou.
Emocionado ao recordar do percurso por meio de suas próprias fotos, Araújo explicou os motivos da devoção a São Tiago (ou Santiago, como é conhecido em língua espanhola).
“Tiago foi um dos 12 apóstolos de Jesus. Seis anos pós a crucificação de Cristo, ele viajou para a Península Ibérica, onde divulgou as doutrinas cristãs na região onde hoje é a Galícia (teria passado também por localidades que hoje pertencem a Portugal). Ao retornar à Palestina, onde viveu até o ano 44, foi decapitado por ordem do Rei Herodes Agripa”, contou o jornalista. “Seus restos mortais, segundo a lenda, foram levados de Jerusalém por dois discípulos em uma espécie de barco de pedra e enterrados na Galícia. Cerca de oito séculos depois, a sepultura do apóstolo foi encontrada por um camponês. A notícia correu o mundo. Os cristãos passaram a peregrinar até o local, que se transformou no que é hoje a cidade de Santiago de Compostela.”
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