SÍNDROME DA HIENA HARDY

Livros que li, pessoas que conheci, fatos que presenciei e experiências pelas quais passei fizeram com que eu deixasse de proferir algumas frases e termos. E infelizmente, quando alguém que convivo de forma pessoal ou profissional insiste em dizê-las, confesso que o meu prazer em sua convivência diminui sobremaneira, pois sei o impacto de cada uma dessas declarações para a vida de quem as utiliza e também para a vida de quem com elas se relacionam. Costumo dizer que são frases da filosofia do “derrotismo”:

– “Eu não consigo” (antes de realmente ter esgotado todas as possibilidades);

– “Eu não gosto disso” (antes de ter sequer experimentado, seja uma comida, uma festa, um lugar…);

– “Eu não tenho dinheiro” (por mais que a situação esteja difícil, NINGUÉM precisa saber disso);

– “Isso é muito caro” (guarde para você mesmo a opinião sobre o valor das coisas, isso é muito relativo);

– “Não fui com a cara de determinada pessoa” (antes de sequer ter conhecido ou convivido com ela);

– “Estou mais ou menos, poderia estar melhor” (em resposta a “Como você está?”. A não ser que seja alguém que realmente se importa ou com o qual você possua alguma intimidade, NINGUÉM precisa saber sobre o seu mau estado de espírito, seus fracassos ou derrotas);

– “Isso não vai funcionar, não vai dar certo, já tentamos em outra ocasião e não funcionou” (sem comentários).

Vocês podem dizer que estou incentivando aqui um comportamento orgulhoso, não sincero ou simulado, mas para mim não existe nada pior do que ser bombardeada com essas afirmações ou similares. Declarar-se um derrotado, em qualquer das circunstâncias, é denegrir a sua própria existência.

Mas, de qualquer forma, como dizia o “poeta” Henry Ford: “Se você pensa que PODE ou se pensa que NÃO PODE, de qualquer forma você está certo.” 

[Nivea Almeida – 13.05.2018]

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