Síndrome do impostor e bloqueios criativos

Síndrome do impostor e bloqueios criativos

Você já teve a sensação que não tem o conhecimento suficiente para realizar uma tarefa? Ou a sensação que a equipe que você faz parte, você é a pessoa menos capacitada a participar e a pertencer? Talvez, um travamento interno que sinaliza que você não conseguirá realizar o que lhe foi pedido?

Estas sensações estão diretamente ligadas à síndrome do impostor, a baixa autoestima e a nossa percepção interna do que somos e do que somos capazes de realizar em nossa vida e no cotidiano.

Se você identificou estas sensações internas, saiba que existem alguns passos para que você consiga recuperar sua autoestima e a capacidade produtiva seja na área profissional ou em qualquer área de sua vida.

A primeira questão a avaliar é: em que momento este gatilho de baixa estima se apresentou e o que levou a você a pensar que não seria capaz de realizar o que estava sendo proposto ou exigido de você?

Uma vez identificada a causa, podemos passar para o segundo passo: checar seu real conhecimento sobre o que precisa para realizar tal tarefa.

Esta checagem deve ser feita analisando suas habilidades e conhecimentos de forma realista. O que eu preciso para realizar esta tarefa? Se eu tenho todo o conhecimento, qual é a origem destes pensamentos de dúvida e falta de confiança?

Melhore seu escopo de argumentos contra estes pensamentos de dúvida e falta de confiança. Prove para você que você tem capacidade de realizar qualquer tarefa.

Divida a tarefa em partes tão pequenas até você achar impossível não as realizar. E faça cada uma delas ate terminar a tarefa que você julgava ser incapaz de fazer.

Se a origem desta sua falta de confiança não for a sensação de falta de conhecimento e sim a sua comparação em relação ao outro: PARE AGORA!

Diga a você mesmo que você não tem o direito de se comparar com ninguém porque o caminho de cada um é personalíssimo e único. As suas facilidades e dificuldades dizem respeito apenas a você.

Por outro lado, se você ainda sente a necessidade de se comparar a algo, compare sua evolução em relação ao seu conhecimento: o conhecimento de ontem e o de hoje. O quanto evoluiu e o quanto precisa aprender e evoluir.

Se você chegou neste ponto de raciocínio interno, novamente: avalie o que lhe falta para ter o conhecimento necessário para realizar a tarefa, crie um roteiro com tarefas tão pequenas até ser impossível não realizar tais tarefas que lhe auxiliarão a adquirir o conhecimento que você precisa para realizar a sua tarefa. E para realiza-la efetivamente.

Tudo é uma questão de focar no que você precisa, o que você tem e em sua disciplina em adquirir o conhecimento necessário para matar a sua dúvida, fortalecendo sua autoestima.

O modo comparação é sempre alimentado em redes sociais. E se isso é recorrente, saia das redes sociais. Você realmente não precisa desta comparação, que é no mínimo desumana.

Saiba que o que é publicado em redes sociais são egos inflados. São pessoas que sentem necessidade de serem vistas, de terem a atenção de outras pessoas. Elas se mostram felizes, prosperas e perfeitas. Ninguém é assim. Todos temos nossas provas, nossos desafios, nossas dificuldades.

Se ainda assim, a vozinha que vem de dentro insistir em lhe dizer que você não é capaz, converse mentalmente com este pensamento. Diga para si mesmo: chega! Basta! Eu sou capaz, eu estudei, eu sei fazer as tarefas propostas. E ponto!

Respire fundo e siga em frente, mesmo com medo. Coragem não é falta de medo, mas a vontade de seguir em frente mesmo com medo. E neste caso, o medo deve apenas servir como um mecanismo de prudência e não de bloqueio de sua ação.

Existem imagens mentais internas criadas na infância, de percepções errôneas de reações que tivemos frente ao inusitado, ao novo. Estas imagens devem ser identificadas, acolhidas e resolvidas. E apenas cada um é capaz de identificar e modificar tais imagens, colocando no lugar, uma imagem de alegria, de fortalecimento de sua autoestima.

Lembre-se: o caminho apenas surgirá, os desafios apenas se apresentarão a você se você continuar a caminhar, a vivenciar um dia de cada vez, respeitando o seu tempo interno.

Aprender a lidar com pensamentos, com sentimentos e a criar soluções internas é uma tarefa diária e tem haver com crescimento e amadurecimento internos.

Estamos nesta vida para evoluirmos, para aprendermos a resolver problemas internos que nos travam e nos impedem de seguir em frente. Problemas criados por nós mesmos, problemas e imagens criadas por nossos ancestrais e que precisam ser resolvidos, para que ciclos petrificados sejam quebrados e dissolvidos.

Mas não se preocupe com o parágrafo acima, apenas resolva cada um dos desafios que a vida lhe apresentar, sempre avaliando, analisando e criando formas de resolver cada um deles. Que o restante fluirá baseado na sua força em querer seguir em frente.

Pedir ajuda, criar uma rede de amigos que lhe incentivem também faz parte do processo e não significa que você é fraco, mas que você esta querendo crescer e evoluir como pessoa, como ser humano e como profissional. O que não pode acontecer é você se agarrar ao outro e transferir para ele sua tarefa interna de crescer, de amadurecer e de seguir em frente.

Somos responsáveis por nós mesmos. E não pelo outro e o outro não é responsável pelas escolhas que fazemos e por nós mesmos.

E viva a autoestima, o autoconhecimento e as nossas buscas internas e externas.

Neste momento, tudo esta certo, tudo esta em seu devido lugar e cabe a cada um modificar o que precisa ser modificado internamente para que o mundo de cada um se modifique para melhor sempre.

Obrigada por me ler.

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