A Síndrome do Progresso Artificial: A Ilusão do Movimento Constante
"Nem todo movimento é progresso." — Autor Desconhecido
Vamos falar sobre um truque bem comum que muitas empresas e pessoas caem: a Síndrome do Progresso Artificial. É aquela sensação enganosa de que só porque estamos sempre ocupados, estamos realmente avançando. Mas, na verdade, estar ocupado não significa, necessariamente, estar progredindo.
No mundo dos negócios hoje, há uma pressão enorme para parecer sempre ocupado. Reuniões que nunca acabam, e-mails sem fim e metas que parecem importantes, mas são apenas superficiais. Um estudo da Harvard Business School mostra que 64% dos líderes se sentem sempre ocupados, mas muitas das suas atividades não trazem resultados reais. Em vez de fazer progressos reais, o movimento constante muitas vezes serve apenas para dar a impressão de produtividade.
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Pense nas reuniões intermináveis que não levam a decisões concretas ou nas metas fáceis de alcançar que não desafiam ninguém. A Yahoo é um bom exemplo disso. Ao focar em metas de curto prazo e em métricas que pareciam importantes, mas que não realmente avançaram a empresa, acabou perdendo relevância e competitividade no mercado.
O problema não é só a perda de tempo. Esse tipo de atividade também pode afetar a moral dos funcionários e a capacidade de uma empresa inovar. Um estudo do MIT Sloan School of Management descobriu que empresas que caem nessa armadilha têm 30% menos chances de desenvolver novas ideias em comparação com aquelas que buscam objetivos mais desafiadores e de longo prazo.
No entanto, há empresas que conseguiram sair dessa cilada. Tesla e Apple são bons exemplos de como focar em metas ambiciosas e qualidade pode levar a resultados reais. Essas empresas investem em inovação e em objetivos significativos, em vez de se contentar com o que é fácil e rápido.
Para evitar essa síndrome, é crucial mudar a forma como pensamos sobre progresso. É importante definir metas que realmente desafiem e promovam crescimento, e não apenas criar uma ilusão de movimento. Líderes devem promover uma cultura que valorize o impacto real e não apenas a ocupação constante. No final das contas, o verdadeiro progresso exige mais do que estar ocupado — ele exige estratégia e ação que realmente fazem a diferença.
Geólogo Sênior na Itabira Agroindustrial S/A
3 mMuito interessante, Sandro Tamman. E excelente, o que escreveu José Matos!
Senior Leader in Telecom & IoT Strategy | Digital Transformation & Product Innovation Director
3 mimagine agora isso em microempresas, em que fatos relevantes leva toda a equipe a se movimentar para o lado e mantém um nível de ocupação que faz a empresa viriar estatística. Morreu e nem sabe porquê. Culpa de terceiros, sempre.
consultor na FIA - Fundação Instituto de Administração
3 mA "síndrome da ocupação constante" produz outro tipo de dano, a alienação. Pessoas muito ocupadas têm pouco tempo para pensar e refletir, o que na prática resulta em falta de comprometimento com coisas concretas. Como estão o tempo todo "ocupadas", não cultivam o pensamento crítico nem exercem a criatividade. Tudo isso contribui para o surgimento de uma doença sócio- existencial que tomou conta do mundo: a ansiedade.
Gestão e Automação de Processos/Auditoria Interna/ Gestão de Projetos/LGPD/Gestão de Riscos/Controles Internos/Compliance/ESG
3 mMuito bom!