A Saúde entrou para a estratégia organizacional em 2020. E em 2024?

Em 2022, líamos em um artigo: “Sem dúvida, a pandemia de COVID-19 colocou a saúde no centro do local de trabalho, mas é muito cedo para dizer se isso resultará em um investimento de longo prazo na saúde dos funcionários”. International Health Consulting, Tucson, AZ, USA. Wolf Kirsten, MSc, International Health Consulting, 4500 E Sunrise Drive, Tucson AZ 85718, USA; e-mail: wk@wolfkirsten.com

Ontem, assistindo ao webinar "How to Implement Wellbeing as a Strategic Priority with Gallup" ocorrido em 22/08/2024 com a participação de Join Ed O’Boyle, Gallup Global Practice Leader and Ralph Meyer, Workhuman Senior Strategic Consultant, ficou claro que os autores da publicação do Arizona há 2 anos estavam certos: a percepção de bem-estar caiu para níveis pré-pandêmicos globalmente e, em alguns casos, atingiu patamares ainda inferiores.

Porém, dois fatos permanecem inalterados:

O bem-estar — abrangendo dimensões como carreira/voluntariado, vida social, equilíbrio financeiro, disposição física e integração com a comunidade — e o investimento das empresas nesses aspectos são percebidos como determinantes para o engajamento dos colaboradores, a redução de acidentes de trabalho e dias perdidas.

O reconhecimento e a recompensa justos continuam sendo fundamentais para a prosperidade tanto na vida pessoal quanto no ambiente profissional.

Dentro desse contexto, posso concluir que:

• Não precisamos de outra pandemia para que a saúde retome seu lugar estratégico no centro das decisões organizacionais.
• Durante a crise sanitária as pessoas perceberam o imenso valor de se sentirem cuidadas
• Muitas empresas conseguiram manter ou até mesmo reinventar sua produção em meio a um ambiente tão adverso justamente por promoverem esse cuidado mútuo.

Essas lições, contudo, não deveriam estar restritas a momentos de trauma coletivo.         

É preocupante observar que, após a pandemia, os níveis de cuidado e atenção ao bem-estar despencaram. É essencial que as organizações reconheçam que o compromisso contínuo com a saúde e o bem-estar de seus colaboradores não apenas enriquece a vida individual, mas também fortalece a resiliência e a eficácia coletiva, independentemente do cenário externo.

Minha recomendação: Está na hora de convidar, em definitivo, os profissionais de saúde para ocuparem um lugar permanente na mesa de decisões estratégicas das organizações.

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