Saúde na era digital.

Saúde na era digital.

Quando falamos sobre as transformações que o digital trouxe para as nossas vidas, não percebemos o quanto ele já é presente e natural no nosso dia a dia. Acredito que ninguém discorde o quanto o Uber e o Garupa, por exemplo, facilitaram e deram mais opções de transporte e renda as pessoas. Assim como solicitar comida por aplicativo ou telefone (sim, telefone é uma tecnologia) já é algo tão banal que não percebemos o quanto a utilizamos para facilitar nossas vidas.

Porém, em alguns setores, o uso da tecnologia ainda é um tabu, algo visto como estranho e prejudicial, como no setor da saúde. Uma pesquisa da McKinsey apontou as 3 barreiras ao digital no setor farmacêutico e médico, sendo elas: cultura e mindset, estrutura organizacional e governança. Observado os três pontos, fica claro que a questão está nas pessoas, nas crenças, não na tecnologia em si, pois como visto, ela já é amplamente utilizada em diversos setores.

Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos o número de pacientes que utilizam a telemedicina já passa de 8 milhões, enquanto no Brasil, ainda engatinhamos nessa área, encontrando inúmeras resistências entre os médicos. Outros setores já se beneficiam do que o digital trás de melhor: avaliação, geolocalização, comunidades e compartilhamento. São pilares naturais e essenciais do mundo digital, ao qual já estamos acostumado. Contudo, no setor da saúde essas questões não são compreendidas e tão pouco aceitas.

O site da Vision Critical apresentou 5 benefícios que viriam com a “saúde digital”, são eles: 

1) Encontrar o médico certo: 85% das decisões sobre saúde se dão no boca a boca. Com a tecnologia ajudando nas decisões, tomadas mais conscientes e embasadas podem ser feitas. 

2) Acessibilidade: encontrar um médico ou marcar uma consulta deve ser tão fácil quanto encontrar um Uber. O uso de App’s deve crescer e facilitar nesta tarefa.

3) Accoutability (avaliação): poder mensurar a taxa de sucesso do profissional, assim como ocorre com Uber, o paciente após a consulta irá avaliar o profissional e recomenda-lo ou não. 

4) Transparência financeira: obter informações claras sobre as despesas com saúde, saber se os procedimentos são realmente necessários. É incrível, mas os pacientes não sabem quanto custa um procedimento até receberem a conta. 

5) Engajamento: troca de dados e informações com o médico para um melhor acompanhamento. 

Vários países já deram o próximo passo, no qual a informação para predição já é uma realidade, como na Finlândia, com o My Kanta Pages. O Kanta é um repositório nacional, no qual os pacientes podem inserir informações sobre a própria saúde, bem-estar, registros eletrônicos pessoais, agregando serviço de receita médica, banco de dados farmacêutico, dados e arquivos dos pacientes.

A revolução na área da saúde está apenas começando. Governos, hospitais, clínicas, médicos e planos de saúde devem estar atentos. Se as mudanças culturais são lentas e as digitais rápidas, cabe a nós, gestores da área da saúde, encontramos os caminhos para garantir a vida e a longevidade saudável das pessoas. 

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos