A SAUDADE NUNCA ESPERA
A SAUDADE NUNCA ESPERA
Solícita e serena
A saudade se acerca...
E com subtileza terna
A meu coração aperta,
Espreme dor aquosa
Pra escrever dolorosa
Com tinta de ausência,
Esse espinho sem rosa
Ou luz sem transparência
Do amor, sem a amada;
Da áurea sem madrugada
– Sombra que nasce do nada
Como se só fora palpitação,
Batida negra na escuridão
Solícita e serena
A saudade nunca espera:
Abre caminho plo coração
De quem ama e venera!
Joaquim Maria Castanho