SEXTA FEIRA SANTA

SEXTA FEIRA SANTA

SEXTA FEIRA SANTA

Naquela quinta-feira um dos seus te deu um beijo

Não um beijo de amor... Mas de pura traição

Entregando-te aos soldados do desamor

Aqueles que te prenderam... Açoitaram-te

Ao invés de sentir por ti compaixão

Machucaram-te até fazer a tua carne sangrar

O que tu passaste naquela noite só tu o sabes

E aqueles que lá junto a ti se encontravam

E naquela sexta-feira...

Fizeram-te carregar uma cruz pela Via Sacra

Deixando teu corpo transfigurado pela dor

Caia... Levantava-se e lá caminhava

O povo simplesmente olhava nada fazia

Com os olhos amedrontados apenas te viam

Quando chegou ao teu destino já quase desfalecia

Ainda tinha a pior parte... Aquela que tu temias...

Chegaram os soldados para que te pregassem

Naquela cruz que pelo caminho carregavas

E quando os cravos começaram a serem fincados

A dor quase já não existia, já havia transpassado

Pelo tamanho do sofrimento que já havia passado

Quando terminaram nem sequer se preocuparam

Com teus gritos abafados pelo da multidão descarada

Assim a cruz com o teu corpo desfalecido foram içados

Eles não se conformaram que ainda estavas acordado

Levantaram a lança e teu coração foi perfurado

Ó quanta covardia... Mesmo assim, ainda os perdoaste.

Ó Jesus como pode ter sido tão injustiçado

Esqueceram que ali jazia o corpo do Pai amado

E também que sua glória mais forte que a...

Humanidade.

Ângela Lugo


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