Scaleup do Rio de Janeiro apresenta propostas para garantir o futuro das águas no México e no mundo.
Absorvedor de petróleo natural tem maior capacidade que qualquer outro produto disponibilizado no mercado e é, no mínimo, duas vezes mais rápido, reduzindo o tempo do atendimento à emergência envolvendo vazamentos petrolíferos e derivados, os custos operacionais e principalmente, os impactos ecológicos
A Biosolvit, scaleup fluminense, caminha a passos largos em busca da sustentabilidade socioambiental. A empresa foi selecionada para participar do The Next Decade: Water Disruption, em Monterrey (MEX). O evento, realizado nos dias 07 e 08 de junho, debateu sobre propostas e conexões voltadas para solucionar a crise hídrica no México e no mundo.
Promovido pela TEC de Monterrey, o foco da iniciativa foi a promoção de projetos de inovação para impulsionar a economia, sejam eles de origem acadêmicas, de comunidades, startups, scaleup, governos ou da iniciativa privada. Durante dois dias, os desafios expostos foram eficiência na utilização da água que utilizamos; tratamento e reutilização de água; compensação da pegada hídrica e soluções baseadas na natureza.
Atividades como o Berçário de Oportunidades, Match Estratégico, Fórum de Inovação em Tecnologias Verdes e Manufatura Sustentável, Demo Day no Venture Café, Prêmio Citizens of 100 Call, Workshop Futures Bazaar, Water Opportunities to 2050 Talk também integraram a grade de programação.
Um dos desdobramentos desta seleção será o programa de aceleração, previsto para acontecer entre julho e dezembro, no qual a Biosolvit contribuirá com a apresentação dos produtos da linha Bioblue, comprovadamente eficaz na preservação das águas e na mitigação de acidentes envolvendo o vazamento de petróleo e derivados.
O fundador e CEO da Biotech, Guilhermo Queiroz, explicou que a empresa foi selecionada para o programa em função das pesquisas realizadas e já colocadas em prática sobre a fabricação do absorvedor de petróleo natural mais eficiente do mundo a partir de resíduos de palmeiras.
- A Biosolvit, em parceria com a UFF Volta Redonda, investiu em pesquisas científicas e descobriu na biomassa das palmeiras propriedades fundamentais para produção do absorvedor utilizado na remediação de vazamentos de petróleo e derivados, em situações on e offshore, e consequentemente, preservar as águas e o ecossistema no entorno do acidente. Foram anos de estudos que resultaram em um produto duas vezes mais rápido que os demais disponibilizados no mercado, que possibilita o reaproveitamento de 95% dos resíduos oleosos absorvidos, reduz o tempo do atendimento à emergência, os custos operacionais e especialmente os impactos ecológicos. Em superfícies sólidas, é capaz de efetuar a limpeza a seco, sem necessidade de lavagem posterior com água – detalhou.
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O absorvedor é certificado e aprovado pelo Instituto Cedre, da França. A tecnologia disruptiva adotada pela Biotech vem possibilitando inovações com foco na biotecnologia aplicada à sustentabilidade. Ou seja, a utilização da biomassa das palmeiras no absorvedor natural e outros produtos que compõem a linha, transforma os resíduos incômodos e que impactam negativamente sobre o meio ambiente em soluções inovadoras e fundamentais para a preservação do planeta Terra.
Na abertura do The Next Decade: Water Disruption, o vice-presidente da Região de Monterrey e diretor do Campus de Monterrey da Tec de Monterrey, Mario Adrián Flores, ponderou que os desafios da sociedade exigem a ajuda de todas as disciplinas, por isso a inovação e a promoção da implementação de tecnologias são essenciais para o bem do México e do mundo. “Os grandes desafios da humanidade demoram muito, então é preciso pensar no futuro. Devemos pensar a longo prazo com o objetivo de construir soluções não só para o momento, mas também para as próximas gerações”.
O professor especializado e futurologista, Stuart Candy, explicou que quando enfrentamos desafios como a água, às vezes nem pensamos no que pode acontecer no futuro. “Nos últimos 20 anos, o mundo foi afetado por eventos climáticos como o furacão Katrina, que é resultado das decisões que tomamos ao longo dos anos. Você deve estar ciente de que sempre há um mundo de diferença entre como pensamos e como as coisas realmente são, e também quando experimentamos isso em primeira mão. Se quisermos tomar ações efetivas para melhorar o futuro, temos que não apenas tentar, mas também pensar, e sentir como queremos que sejam essas condições”, concluiu.
SECA - Em 2022, Monterrey, a segunda maior cidade do México, sofreu com uma seca sem precedentes. Em junho, a situação atingiu seu ápice, afetando diretamente 5,3 milhões de moradores que enfrentaram temperaturas superiores a 40 °C e um racionamento com água potável nas torneiras por 6 horas por dia.
As reservas que abastecem a cidade praticamente zeraram seus estoques. A barragem Cerro Prieto chegou a 2%, e a de La Boca a 9%.
Fotos: Biosolvit