SCAM: mais uma ameaça virtual que é intensificada com eventos como eleições e Copa do Mundo
Com as Eleições e a Copa do Mundo, o ano de 2018 tem se mostrado cada vez mais atraente para os cibercriminosos, que se aproveitam dessas datas para fazer mais vítimas. Em 2017, que foi um ano sem grandes oportunidades sazonais para os hackers, cerca de 62 milhões de brasileiros (aproximadamente 61% de toda a população adulta conectada do país) foram impactados por algum tipo de cibercrime ou conhecem alguém que tenha sido vítima, o total de prejuízos dos que sofreram perda financeira foi de US$ 22 bilhões, conforme dados da Norton Cyber Security Insights Report.
Dentre as ameaças, o SCAM, que é uma das práticas fraudulentas mais comuns do ambiente online, ganha popularidade em períodos sazonais. Nele, os golpistas criam páginas de promoções falsas ou com notícias bombásticas com a finalidade de infectar o usuário, seja para obter vantagem financeira ou para coletar dados e informações.
Copa do Mundo
Brasileiros, em um aspecto geral, gostam de futebol. De copa do mundo, então, nem se fala. Os cibercriminosos, cientes disso, costumam criar falsas promoções visando obter lucro financeiro por meio da captura de dados pessoais dos usuários.
Assim como na Copa de 2010, em 2018 uma página falsa da bandeira de cartões patrocinadora oficial do torneio anunciava o sorteio de uma viagem com tudo pago para a Rússia, país sede do evento. Nela, as pessoas precisavam cadastrar seus dados pessoais e pagar para receber o prêmio. Ao enviar esses dados, os criminosos tinham a confirmação sobre a legitimidade do e-mail e passavam a bombardeá-lo com outros conteúdos falsos, malwares e instalar plugins para obter mais informações pessoais.
Já em 2014, na última edição do evento, que foi sediado no Brasil, diversas páginas prometendo sorteios de televisores e ingressos para os jogos foram criadas com a finalidade de obter os dados dos usuários.
Eleições
Outra prática comum para os scammers – como são conhecidos os praticantes de SCAM –, é a criação de notícias bombásticas, ou da promessa de imagens exclusivas sobre um ou mais candidatos visando obter acesso à máquina do usuário por meio da instalação de malwares que possibilitam a invasão.
Assim, as pessoas infectadas ficam em uma situação de refém, já que o cibercriminoso se aproveita do acesso para adquirir informações. Esses dados obtidos podem ser utilizados como forma de chantagem ou vendidos.
Para evitar que usuários sejam vítimas de golpes como esses, o primeiro passo é a conscientização da sociedade sobre boas práticas de navegação. Ações simples podem evitar enormes prejuízos:
- Fique atento com notícias falsas e links suspeitos de promoções
- Use antivírus, firewall e adicione mais proteção usando senhas complexas e autenticação de dois fatores
- Mantenha os sistemas operacionais sempre atualizados e faça backup regularmente
- Procure não acessar redes wi-fi públicas
Quando há consciência e democratização da segurança digital, uma internet como ambiente que prioriza os benefícios e as facilidades que a tecnologia proporciona com menos riscos e ameaças é consequência.