“Se ajude a me ajudar”: a arte de facilitar a sua vida antes de fazer algo para alguém
Mesmo que você nunca tenha viajado de avião, é provável que já conheça o princípio da máscara de oxigênio. É necessário colocar a sua primeiro, depois em qualquer outro que precise de seu auxílio. Fato. Inquestionável. Trazer essa narrativa aqui faz parte do velho ditado de que até o óbvio precisa ser dito.
Porém, eu gostaria de ir um pouco além contigo nessa história, pois acredito que muitas de nós ainda não temos a assertividade necessária em nosso dia a dia quando se trata de ajudar, pedir ajuda, ser ajudada e, muito menos [e talvez o mais importante], se ajudar. Inclusive para ajudar outrem.
Aqui, cabe citar o caso clássico da mãe que diz, a cada surto periódico, a famigerada frase: “É tudo eu nessa casa! Ninguém me ajuda! O dia em que eu SU-MIR, vocês vão ver só! Aí vão sentir minha falta!”
Se você não é mãe, para compreender esse sentimento basta lembrar da última vez em que tentou fazer algo sozinha e acabou exaurida de tanto trabalhar.
“Ninguém trabalha mais duro do que uma mulher que não gosta de pedir nada para as pessoas.”
Mas eu sei que delegar nem sempre é uma tarefa fácil. Às vezes, parece mais simples arregaçar as mangas e fazer você mesma do que esperar pela boa vontade dos outros. Ou mesmo que seja difícil aceitar que o tempo e o jeito do outro é diferente do seu.
Ainda assim, já que é para você mesma tomar tudo para si [ao menos por enquanto], que tal tornar tais práticas mais leves?
Ou seja, vamos dar um passo atrás nesse artigo.
Vamos repensar como, ao invés de sentar e aguardar a mudança partir do outro, nós mesmas podemos passar a nos ajudar mais e melhor.
Eu te pergunto: Se ninguém te ajuda [ao menos não como você queria], como VOCÊ pode se ajudar?
Não estou falando sobre o clichê do autocuidado, de tirar um tempo para você, de se acolher e se amar, etc etc etc. Isso é papo para outra edição.
Por hoje, sejamos pragmáticas. O que pode ser feito por você para fazer pelo outro? Como facilitar os seus processos e a sua rotina?
Se ainda estiver tudo muito complexo… Calma! Te explico em dois exemplos.
A primeira se trata de uma cliente.
Sua principal reclamação era: “Meu marido não me ajuda”. O problema é que em meus atendimentos e acompanhamentos, não há meios de transformar outra pessoa que não aquela presente em minha frente. Ao menos não diretamente.
A solução que encontramos, juntas, ao longo do caminho foi a seguinte: ela mesma precisava, antes de exigir qualquer coisa dele, buscar maneiras de tornar seus afazeres menos árduos. Principalmente através de planejamento e ferramentas.
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A segunda? Sou eu mesma.
Além de coach e terapeuta, sou editora na Newsletter “People2Biz - Pessoas e Negócios”, do Luis Claudio Allan. Há meses, venho atuando na transcrição de vídeos, áudios, reuniões, entrevistas.
Essa semana, quase entrei em desespero quando estava com uma entrega atrasada e com a energia lá embaixo para fazer algo sobre isso. Foi quando decidi que não dava mais para ser assim. Não dava mais para contar somente com meu ânimo.
Eu precisava de ajuda. Para isso, resolvi procurar alguma coisa, qualquer coisa, que pudesse fazer parte do trabalho por mim. Por 60 reais ao mês, encontrei um software no qual eu subo o arquivo e recebo quase 80-90% da transcrição feita. Basta revisar. E pronto!
[Aliás, é por conta da necessidade de focar nessa entrega que atrasei na publicação do texto de hoje. Sorry not sorry. Somente mais uma humana, como você, que às vezes não dá conta.]
Tudo isso me fez perceber o quanto devemos, para ontem, parar de considerar algumas coisas como gastos, seja de tempo, energia ou dinheiro, mas sim como investimentos.
É claro que, além de fazer o que tem que ser feito, parar para refletir sobre como fazer com maior eficiência pode parecer, de primeiro momento, ainda mais trabalhoso. Acontece que ao começar, eu te garanto, você verá como, na verdade, vale cada segundo, suspiro ou centavo.
Portanto, não deixe para amanhã. Faça como a Carol Manciola relatou em seu post de hoje:
Seja uma mulher melhor para si e para os outros, principalmente sua família. Pois são eles que realmente importam, no final do dia.
“Entramos numa vibe tão grande de provar que podemos ser mãe e executivas, amamos tanto o impacto que causamos no mundo por causa do nosso trabalho, que, por vezes, deixamos de lado o amor pelos nossos filhos e o impacto que essa ausência causa neles.”
E você? O que passará a fazer por você [e pelos outros] a partir de agora?
Isabela D. Allan
Sou escritora, coach e terapeuta. Uma mulher que veio ao mundo com a missão de viver a própria vida e criar a própria realidade. Através da própria verdade e liberdade. Assim, tornar livres todas as pessoas a minha volta.
Não nasci para ser comum nem me encaixar. Nasci para questionar e provocar.
Encontrei na escrita uma maneira de organizar meus pensamentos, aquietar meu coração e conhecer a mim mesma.
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2 aAmo seus conteúdos! Excelente artigo! Obrigada por compartilhar.😘