“Se estamos de passagem, façamos o melhor...”

O que efetivamente nos move rumo aos nossos objetivos?

Queremos felicidade ou sucesso?

Se a vida realmente passa tão rápido, por que a demora em colocar em prática tantas coisas importantes?

Venho de um final de semana em que tivemos na minha família a perda de mais um ente querido. Por isso, comecei este artigo com estas indagações.

É incrível como tudo perde e ganha sentido nessas horas, como tudo se torna pequeno e grande ao mesmo tempo, e não há como não refletir que - se somos realmente um "sopro de vida" - será que não estamos perdendo o fôlego e deixando o tempo passar tão rápido que não nos damos conta de que minutos estão contidos em horas, que estão contidas em dias, que por sua vez transformam-se em semanas, meses e anos?

Trago esta reflexão, pois sempre temos tanta coisa para se preocupar e tantos obstáculos para vencer, mas, ao mesmo tempo, quando passamos por momentos como esses, percebemos e gozamos de uma sensação única, às vezes inconsciente, de que tudo pode ser nada, dependendo do contexto.

Aplicando este cenário à vida profissional, pois estamos aqui em um ambiente em que o corporativo é mandatório, percebemos que as escolhas que fazemos determinam o ambiente que encontraremos mais à frente, como uma rota de voo. Li num livro uma vez que, planejando e traçando uma rota de voo por meio de um mapa, saindo aqui do Brasil, errar milímetros para cima ou para baixo o ponto de origem pode nos fazer chegar à Europa ou na África. Esse pequeno detalhe na origem é capaz de alterar significativamente o destino da viagem. Assim como fazemos em nossa vida, em nossa carreira, e por aí vai.

Em um momento de pós, pré ou atual crise, ainda que todo o cenário pareça adverso, penso que não podemos desistir dos sonhos, não podemos desviar de nossos objetivos, a não ser que seja uma correção de rota. Não podemos engessar coisas primordiais, como ser flexível. Não podemos achar que temos de ter razão, sempre. Não podemos pensar que não temos ou não precisamos aprender nada com os outros. Temos um compromisso fiel e absoluto com nossos princípios, valores e crenças, mas sem se abster do benefício da dúvida. E, na dúvida, analise novamente todo o contexto e mude, se preciso for.

Volto a dois artigos que escrevi, "Vá e faça acontecer" e "Feijão com arroz bem feito". O primeiro mostra que somos totalmente capazes de agir e de criar as condições perfeitas para o alcance de nossos objetivos. No segundo, complementa o raciocínio de que menos (realmente, às vezes) é mais, de que o simples bem feito pode gerar uma avalanche de coisas boas sem precisar complicar. Desconstruir nossas amarras, problemas, julgamentos, preconceitos e mais um monte de coisas pode ser revelador e transformador, nos trazendo, inclusive, inúmeros benefícios para a carreira e para a vida.

Sim, vivemos em um mundo capitalista, precisamos de dinheiro para manter e obter tudo o que queremos, faz parte do jogo. Porém o ato de ser feliz, de buscar a felicidade em tudo e em todos é incondicional. Ouse querer, e verá acontecer.

Avaliemos o ontem, vivemos o hoje e planejemos o amanhã, sem limitações, sem rótulos, com clareza, transparência, humildade e, acima de tudo, procurando fazer o bem a todos. Vivamos plenamente cada dia no trabalho, em casa, com amigos, buscando a eficiência na simplicidade e na objetividade das coisas.

Uma excelente semana a todos! E vamos em frente!