...se a IA “pensa” ou é capaz de algo próximo de um pensamento, quem somos nós?

“Durante o Iluminismo, a máxima de René Descartes (“Penso, logo existo”), consagrou a mente racional como a habilidade que define a humanidade e reivindicou o lugar de destaque do ser humano na história. Quatro séculos após René Descartes ter promulgado sua máxima, esta questão é levantada:

Trecho do livro: A Era de IA e nosso futuro como humanos | Eric Schmidt

 A revolução digital pela qual estamos passando não é uma tendência passageira, mas uma mudança importante na maneira como interagimos com o mundo, e aqueles que abraçam essas mudanças estarão mais bem posicionados para prosperar em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo.

A capacidade de analisar grandes volumes de dados, prever comportamentos do consumidor e personalizar experiências em tempo real tornou-se possível graças aos avanços na tecnologia de IA.

A Ética e a privacidade na era da IA, tem sido uma preocupação crescente à medida que mais dados são coletados e analisados.

A inteligência artificial, está ganhando popularidade todos os dias e em todos os setores. Há um número cada vez maior de estudantes e profissionais em busca de cursos de especialização em IA, para desenvolver carreiras dentro dessa área ou relacionadas a ela.

Fazendo uma pesquisa a respeito desse tema, me deparei com um livro, no qual alguns trechos me chamaram muito a atenção e que achei muito válido compartilhar:

A Era de IA e nosso futuro como humanos | Eric Schmidt

“A inteligência artificial (IA) está transformando profunda e fundamentalmente a sociedade humana”

A IA, alimentada por novos algoritmos pelo poder da computação cada vez mais abundante, está se tornando onipresente. E a humanidade, dessa forma, está desenvolvendo um mecanismo novo e extremamente poderoso para explorar e organizar a realidade. A IA, por sua vez, acessa a realidade de maneira diferente da nossa. Ela é capaz de acessar aspectos da realidade diferentes daqueles que os humanos acessam. No entanto, como acontece com todas as tecnologias, isso não está relacionado somente com as capacidades e promessas da IA, mas também com seu uso.

As tentativas de deter o desenvolvimento da IA só darão lugar ao futuro para o componente humano corajoso o suficiente para enfrentar as implicações da própria criatividade.

Quando um software intangível adquire capacidades lógicas e como resultado, assume papéis sociais antes considerados exclusivamente humanos, devemos nos perguntar:

Como a evolução da IA afetará a percepção, a cognição e a interação humana? Qual será o impacto da IA em nossa cultura, em nosso conceito de humanidade, e por fim, em nossa história?

A IA promete transformar todas as esferas da experiência humana. E o cerne de suas transformações acabará ocorrendo no nível filosófico, modificando a forma como os humanos compreendem a realidade e o nosso papel dentro dela.

A IA nos conduzirá a um mundo no qual as decisões são tomadas de três maneiras: por humanos, por máquinas e pela colaboração entre humanos e máquinas. A IA também, está em meio ao processo de transformar as máquinas – que até agora serviam como ferramentas – em nossas parceiras.

Essa mudança não é nem propriamente ameaçadora, nem libertadora. A integração contínua da IA em nossa vida proporcionará um mundo no qual objetivos humanos aparentemente impossíveis serão alcançados, e conquistas antes consideradas exclusivamente humanas – serão feitas por máquinas ou por humanos em colaboração com elas. Isso inclui modelos capazes de prever e atenuar desastres naturais, ter conhecimento mais profundo da matemática e uma compreensão mais completa do Universo e de sua realidade.