Se não cuidar de si, quem cuidará?
São tantas e tantas as pessoas que vivem neste limiar que não nos deixa abrandar sem se aperceberem do abismo em que caminham, dos riscos que correm por estarem sempre a “correr”!...
Agora que o Entrudo e os Carnavais foram enterrados, depois da folia e da catarse colectiva em que muitos se entretiveram, guardam-se as máscaras (pelo menos as literais) e regressa-se ao quotidiano. Para os Católicos, inicia-se a Quaresma, expressão originária do latim, quadragesima dies (quadragésimo dia) que separa o período até que celebram a Páscoa e que remonta, como habitualmente, a tradições oriundas de ritos pré-Cristãos do pousio do Inverno e do posterior renascimento da terra na Primavera (atenção, apenas válido para os que habitam a Norte da linha do Equador!).
É, então, um período de preparação integrado num ciclo que antecede celebração e prolongamento. Mas, estendendo agora a metáfora para todos e não somente os que se identificam com a religião Católica, e que portanto não terão um tempo formalmente designado e destinado a “preparação” (leia-se pré-acção), se o dia-a-dia “engole” o comum dos mortais, que na espuma dos dias deixa esmorecer a atenção, a consciência e a escolha, como pode este sonhar e almejar ou sequer reparar-se dos efeitos de tantos quotidianos impostos?
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Leia na íntegra este artigo que foi primeiramente publicado no Observador
Teresa Espassandim
Psicóloga especialista em Psicologia Clínica e da Saúde, Psicologia da Educação, Psicoterapia e Psicologia Vocacional e do Desenvolvimento da Carreira.