Se não você, quem vai fazer você feliz?
É comum ouvirmos a frase: “Natal é tempo de cultivar o amor”. Neste Natal, desejo a você autoamor. Que você avance no propósito de que o passado seja perdoado e ressignificado, de aceitar que tem dores, frustrações, vazios, medos. Que dê alguns passos no sentido de se libertar da aprovação das outras pessoas. Que caminhe no seu ritmo, comemorando as pequenas vitórias. Que sua autoempatia lhe permita descansar e se divertir, mesmo quando sentir que as obrigações que recaem sobre você são prementes e urgentes, porque é justamente aí que mais irá precisar. Que você consiga começar a pedir ajuda quando necessitar e, sobretudo, que passe a se reconhecer merecedor(a) de tudo que é bom e belo. Que siga fortalecendo sua autoestima a cada dia e que veja mais próxima a possibilidade de reavaliar comportamentos e seguir em frente de cabeça erguida.
Marshall Rosenberg, criador da Comunicação Não-Violenta, alertou-nos a respeito do show do chacal, isto é, pensamentos negativos, críticas, avaliações sobre nós mesmas/os. E sobretudo nós, mulheres, estamos constantemente sob a cobrança da “perfeição”, e nesse processo acabamos por nos julgar e condenar. A fim de exercitarmos o autoamor é importante nos conectarmos com o que nos acontece no exato momento em que iniciamos o conflito mental. Reflita: como estou me sentindo? Que sensações meu corpo me traz? O que estou pensando? O que é importante para mim? O que eu diria se fosse meu/minha melhor amigo/a que estivesse nessa situação?
Amar-se é avançar um pouco mais a cada dia na direção de se aceitar e se perdoar, refletir sobre o que aprendeu e como poderá fazer diferente da próxima vez. É exercitar o estado de presença e ter clareza de que é um ser humano em evolução e não um ser pronto, é acolher sua criança interior, é ser paciente consigo mesmo/a.
O que desejo é que você encontre sua paz, seu carinho por você, a potência de seu amor dentro de si próprio/a.
Como canta Almir Sater: “É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir (...) Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz, e ser feliz”.
Imagem de Hugo Castro