O Amor como alicerce...
Querer o amor como alicerce é olhar o outro como se ele fosse a solução para as suas próprias carências e expectativas emocionais. Os obstáculos tornam-se intransponíveis pois delegamos ao outro a obrigação de fazer a nossa felicidade acontecer, e então, como não temos enraizado a autoconfiança delegamos nossas frustrações ao comportamento de outras pessoas, e a vida vira um eterno apontar de dedos pro outro. E quem assume a culpa ou dês-culpa, tira a culpa de si e transfere pro outro. Não é solução para a questão.
Quando falta raiz, quando falta confiança e força interna é que passamos a depender do outro para nos sentir seguros. E como transferimos ao outro a responsabilidade para nossa felicidade, as chances de decepção aumentam, pois quem não confia em si mesmo não tem como confiar no outro. Fica difícil estabelecer um vínculo de longo prazo pois nossas frustrações e expectativas no outro acabam vindo a tona em alguma situação. É a clássica atitude de dar seu poder ao outro.
Ninguém pode dar ao outro o que não se tem, não haveria o que compartilhar.
Quando há cobranças de posicionamento e alguém não soube o que fazer é porque falta exatamente esta ancoragem de ser auto-suficiente no amor. Como se pode colher se o solo não está pronto? As flores não vingam. O resultado é um jardim deserto, com ervas daninhas por todo lado e meias-verdades, porque o outro não banca, então é mais fácil omitir prá não criar problema.
Fica um tentando alicerçar suas expectativas no outro, ambos com medos de suas relações anteriores e querendo que “alguém resolva meu problema de frustração”. E vem o medo do compromisso, vem as cobranças e os cortes. Não se banca, não tem força, não tem raiz, então é mais fácil surtar, porque é mais fácil apontar o dedo pro outro do que olhar para dentro de si mesmo. As nuvens turvam o caminho, falta visão de longo alcance porque não tem visão interna do ser.
E como mudar isto?
O QUE VOCÊ QUER COLHER? Então tem que cuidar do solo, da semente, de regar a semente... o solo é você, a semente são suas estruturas internas, o que rega é como você se nutre.. É exatamente cultivar dentro de si o que é necessário para suprir as carências e não projetar no outro.
Os dramas de consciência e traumas vividos em relacionamentos podem estar sendo projetados nesta nova relação na forma de cobranças e expectativas, então o ciclo se repete.
É preciso aceitar que as carências existem, enxergar a maneira como estamos lidando com elas e modificar atitudes internas que trazem estas carências de volta para as relações sucessivamente. A superação destas questões depende da sua força interior.
Os “castelos de areia” construídos em relações anteriores trazem a tona questões não resolvidas em outras relações, e isto não é justo, porque cada pessoa é única em sua maneira de ser.
É preciso trabalhar a autoconfiança e a confiança mútuas.
Como fazer isto? Olhando prá dentro, pro jardim interno, o jardim secreto da alma... cuidando de curar as próprias dores e não projetá-las nas atitudes do outro.
Visualização Criativa: "Se você simplesmente imaginar sua vida como você quer que ela seja, todos os componentes cooperativos serão convocados. E, mais importante, todos os componentes que são convocados cooperarão. É a Lei. A experiência que você tem com os outros tem a ver com o que você evoca deles". Abraham
Para encontrar estabilidade nas relações é preciso limpar as mágoas, esclarecer o que foi dito e dizer o que não foi dito, ou seja, não se omitir.
Trabalhados estes aspectos e estas projeções novas possibilidades de relações mais construtivas e transformadoras surgem, onde se poderá vivenciar maior lealdade e verdade, renovando as energias, e vivenciando tranqüilidade e paz interior.
A mulher tem uma habilidade natural de trabalhar conflitos internos e curar os conflitos do homem através exatamente da sua presença amorosa, de seu acolhimento... de transformar pelo amor. O problema ocorre quando "ela não fala e ele não faz", um não sabe projetar e o outro não sabe receber. É isto que precisa ser trabalhado, o amor tem que estar presente . O Amor tem que SER.
Uma reflexão: “Ouça teu coração, ali está a resposta. Ele vibra? então diga sim. Se você sentir na boca do estômago, uma dorzinha que sabe que não é ansiedade, diga não. Seu corpo é sempre seu termômetro. Respire e faça o exercício, sinta no teu corpo a vibração do que vc tem que decidir. Lembre-se que o ventre da mulher é seu poder de criação... nele reside a força, a energia dos desejos, no estomago ela faz as suas escolhas, e então no coração ela encontra a realização. Sente no teu corpo, no teu poder de Deusa, de mulher, e a resposta que vc sentir é o que tem que fazer.
Reconhecer-se é amar-se acima de todas as coisas, quando encontramos o centro nos tornamos então capazes de compartilhar com mais sabedoria, coragem, liberdade e devoção. Uma mulher é um espelho complexo daqueles com quem compartilha. Aquele que for capaz de ver além do que os olhos de uma mulher revelam saberá então o que é contemplar o divino, e será levado além de si mesmo através do toque de uma Deusa." ( E.P. )
Aplique o Poder da Vontade, em suas relações, busque o emprenho em realizar-se, em modificar e renovar-se... são as chaves para todo recomeço. Quando há mais dedicação, uma transição para o reconhecimento de si mesma acontece e o poder de nutrir-se de amor surge para então ensiná-la a compartilhar o amor com mais equilíbrio, intimidade e entrega, e então uma união duradoura se estabelece.
posted by Elena Públio - 28 de outubro de 2011 as 02:19 hrs.
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